ALEGRA-ME REGISTRAR os 111 anos do Nacional Futebol Clube, recordista de 44 títulos amazonense, único seis vezes consecutivas (76 a 81), e também único do Norte a disputar 14 vezes a Série A, desde a estreia em 10 de setembro de 72 com o Bahia, e a participar 16 vezes da Copa do Brasil. Durante os 18 anos em que vivi em Manaus, o Nacional me despertou a paixão pelo futebol, no Parque Amazonense, onde vi alguns de seus notáveis, tais como os meias Lacinha e Orsini e o artilheiro Português.

PRIMEIRO CLUBE do Amazonas a jogar no Maracanã, o Nacional venceu o Maringá por 1 x 0, gol de Pepeta, aos 35 minutos do 2º tempo, diante de 122.841 torcedores, domingo, 24 de agosto de 1969, na preliminar de Brasil 6 x 0 Venezuela (Tostão 3, Pelé 2 e Jairzinho), pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 70. A seleção de João Saldanha: Félix (Lula), Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Joel Camargo (Brito) e Rildo; Piazza e Gerson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Edu.

O NACIONAL FOI CAMPEÃO na decisão do Torneio Centro-Sul x Norte-Nordeste, dirigido pelo técnico Alfredo Barbosa Filho, com Marialvo, Pedro Hamilton, Sula, Valdomiro e Teo; Mario e Ricardo; Zezé, Rangel, Pretinho (Marcelo) e Pepeta. O desembargador Paulino Gomes e o vice-presidente Alfredo Ferreira Pedras comandaram a delegação, que teve retorno, com Carnaval fora de época, na volta ao aeroporto internacional da Ponta Pelada, na época em que Manaus tinha pouco mais de 500 mil habitantes.

FLAVIANO LIMONGI, presidente da Federação Amazonense de Futebol, que representei durante toda sua vitoriosa gestão, aceitou minha sugestão para que o Nacional decidisse o título com o Maringá no Maracanã, e fomos à então Confederação Brasileira de Desportos (CBD), na Rua da Alfândega 70, no Centro do Rio, onde o presidente João Havelange nos recebeu, e concordou. Um ano depois, Limongi conseguiu que a seleção fizesse o último jogo no Brasil, em Manaus, antes da chegada ao México em 1970.

O NACIONAL NÃO TEVE CUSTO de hospedagem porque consegui a liberação do alojamento do Maracanã, no 4º andar do estádio, com o vascaíno Abellard José de França, meu amigo e meu padrinho de casamento. Na época, do rádio, eu escrevia em O Globo e na Revista do Esporte, que deram ampla cobertura ao Nacional. À noite, após o jogo, o presidente do Nacional condecorou Ricardo Serran, editor de esportes do jornal, com a medalha do mérito.

PARABÉNS AO NAÇA pelos 111 anos neste sábado, 13 de janeiro de 2024. O Mais Querido do Amazonas é um dos orgulhos do maior estado brasileiro.

Foto: Divulgação e Manaus na História 1.0