LÍDER ABSOLUTO COM 44 PONTOS, o Botafogo abre a 19ª e última rodada do turno do Campeonato Brasileiro de 2023, no único jogo deste sábado, em que comemora os 119 anos de história do seu futebol, criado em 12 de agosto de 1904 por Flavio Ramos e Emmanuel Viveiros de Castro, estudantes do Colégio Alfredo Gomes. A noite será de festa no Estádio Nilton Santos, regada a chope, até 40 minutos antes do jogo com o Internacional, 12º com 24 pontos.

ZECA PAGODINHO, sambista carioca de 64 anos, botafoguense fanático, fará uma saudação especial aos torcedores, e o clube lançará a campanha da construção do Museu do Botafogo. A fusão do Botafogo F.C. foi feita na terça-feira, 8 de dezembro de 1942, quando o clube passou a se chamar Botafogo de Futebol e Regatas. A camisa listrada em preto e branco, usada desde 1906, foi sugestão de um sócio que morava em Turim, Norte da Itália, e era torcedor da Juventus. 

NO PRIMEIRO TÍTULO do Maracanã, o Botafogo estabeleceu o recorde de gols das finais do Campeonato Carioca, ao golear o Fluminense, que jogava pelo empate, por 6 x 2, com cinco gols de Paulinho Valentim, o terceiro de bicicleta. O jogo registrou 101 mil torcedores no Maracanã, então maior estádio do mundo, na tarde do domingo, 22 de dezembro de 1957, e o Botafogo, com três gols do artilheiro do campeonato, já saiu para o intervalo com 3 x 0.

NO 1º BICAMPEONATO (61-62), o Botafogo tinha cinco bicampeões mundiais: Nilton Santos, Garrincha, Didi, Amarildo e Zagalo, no time do técnico Marinho Rodrigues, pai adotivo de Paulo Cezar, ponta-esquerda do time bicampeão carioca de 67-68, dirigido por Zagalo, primeiro da história do clube, campeão como jogador e técnico, o que repetiu na seleção, após o bi de 58-62, como campeão do mundo em 1970, no México.

NO 2º BICAMPEONATO (67-68), o Botafogo teve os cinco atacantes convocados para a Copa de 70 – Rogerio, Gerson, Roberto, Jairzinho e Paulo Cezar -, com destaque para Gerson, autor do 2º gol dos 4 x 1 na final com a Itália; Paulo Cezar, com a melhor atuação tática no 1 x 0 na Inglaterra, e Jairzinho, único a fazer gol em todos os jogos, o que lhe valeu dos torcedores mexicanos o apelido de Huracan (Furacão da Copa). 

OS RECORDISTAS DE JOGOS com a camisa do Botafogo são os maiores jogadores de sempre do futebol mundial: Nilton Santos (712), não à toa chamado de A Enciclopédia, e Garrincha (612), ambos bicampeões mundiais (58-62). O Botafogo teve dois notáveis campeões cariocas como jogador e técnico: Zagalo (61-62/67-68) e Carlos Roberto (67-68/2006). Carlos Alberto Torres, o capitão do tri, foi o técnico do Botafogo, campeão da Copa Conmebol de 93.

PRIMEIRO JOGO SEM TIQUINHO

O BOTAFOGO FAZ HOJE (12) o primeiro jogo do Campeonato Brasileiro sem o artilheiro Tiquinho (13 gols), que se recupera da torção do joelho esquerdo, sofrida no 0 x 0 do último domingo (6) com o Cruzeiro, no Mineirão. Outro ausente, o lateral Marçal, suspenso pelo 3º cartão amarelo. Time: Lucas Perri, Di Placido, Adryelson, Victor Cuesta e Hugo; Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo; Junior Santos, Janderson e Victor Sá.

SERÁ O 10º JOGO DO BOTAFOGO como mandante, com 100% de aproveitamento e apenas dois gols sofridos em nove vitórias, sete sem ser vazado. O São Paulo, na estreia (2 x 1) e o Coritiba (4 x 1) foram os únicos a fazer gol na defesa menos vazada (10) do Campeonato Brasileiro. Além do artilheiro, o Botafogo tem o segundo ataque mais positivo (32), só com menos um gol que o do Palmeiras (33). 

O INTERNACIONAL, 12º com 24 pontos, 6 vitórias, 6 empates, 6 derrotas, tem saldo negativo de quatro gols (16 a 20). O time: Sergio Rochet, Bustos, Vitão, Mercado e Renê; Johnny, Aránguiz, Mauricio e Vanderson; Allan Patrick e Enner Valencia. O técnico argentino Eduardo Coudet classificou o Internacional para as quartas de final da Libertadores, ao eliminar o River, mas ainda não venceu no Campeonato Brasileiro. Flavio de Souza, paulista da Fifa, apita.

Foto: FogãoNet