HOJE, 24 DE AGOSTO de 2024, faz 55 anos que o Nacional FC, maior campeão amazonense com 43 títulos, e único seis vezes consecutivas, venceu o Maringá por 1 x 0 e ganhou o Torneio Norte-Nordeste x Centro-Sul, em um domingo de esplendor do futebol, na época de ouro do Maracanã, com 120 mil torcedores, na tarde do domingo, 24 de agosto de 1969.
NACIONAL 1 x 0 MARINGÁ foi preliminar de Brasil 6 x 0 Venezuela – Tostão (3), Pelé (2) e Jairzinho -, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970. O gol da vitória do Nacional, aos 4 minutos do 2º tempo, foi do ponta-esquerda Pepeta, com um toque de categoria, na saída do goleiro Adilson, após receber o lançamento do volante Mário.
Elenco do Nacional antes da final contra o Grêmio Maringá (Foto: Reprodução)
O TIME CAMPEÃO: Marialvo, Pedro Hamilton, Sula (c), Valdomiro e Teo; Mario e Ricardo; Zezé, Rangel, Pretinho (Marcelo) e Pepeta, dirigido por Alfredo Barbosa Filho, amazonense de Humaitá, a 697 km de Manaus, um dos notáveis da história do Nacional FC, desde os tempos da sede da Rua Saldanha Marinho, que tantas vezes frequentei, a convite do presidente Adelino de Melo Costa, um dos meus grandes incentivadores.
NACIONAL x MARINGÁ foi sugestão que apresentei, enquanto representante da Federação Amazonense de Futebol no Rio, a João Havelange, presidente da então CBD (Confederação Brasileira de Desportos, hoje CBF), que sempre me considerou, e aprovou a ideia. O Nacional não pagou centavo pela hospedagem no Maracanã, deferência que me concedeu o presidente Abelard José de França, vascaíno notável, meu padrinho de casamento.
A PRIMEIRA VITÓRIA do futebol amazonense no Maracanã se deve a Flaviano Limongi, presidente da FAF; ao desembargador Joaquim Paulino Gomes, presidente; a Alfredo Ferreira Pedras, vice-presidente de futebol; ao técnico Alfredo Barbosa Filho, e ao time liderado pelo capitão Alberto Ferreira Lima, o Sula, meu colega de turma do Ginásio Pedro II, e ao ídolo José Ricardo dos Santos Silva, o Pepeta, autor do gol histórico.
FLAVIANO LIMONGI, goleiro do Tijuca na época do futebol amador em Manaus, jornalista, advogado da turma de 1950 da Faculdade de Direito do Amazonas, que teve meu pai, Francisco Menezes, como orador, foi o dirigente que impulsionou o futebol do estado. Ele me abriu as portas do jornalismo em A Crítica, com Umberto Calderaro Filho, e na Rádio Baré.
A IMPORTÂNCIA da vitória do Nacional no Maracanã foi reconhecida pelo governador Danilo Duarte de Matos Areosa – 1921-1983 -, em cujo governo foi instalada a Zona Franca de Manaus, que ele decretou ponto facultativo por dois dias, após o desfile dos campeões em carro aberto do Corpo de Bombeiros.
Fotos: Rádio Barezão e Foto Reprodução