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MAIOR ÍDOLO E ARTILHEIRO DO AMÉRICA, EDU completa 76 anos neste domingo, 5 de fevereiro de 2023, cercado do carinho da família, e elevando o pensamento a Deus para agradecer, do fundo do coração, tudo que conquista na vida, simples, mas bem vivida: “Os sonhos são a energia que rege a vida” – resume Edu.

– O que você continua curtindo de melhor ao chegar aos 76?

– A vida fértil de inteligência e sabedoria me dá a certeza de que ainda terei muitos ensinamentos, a receber e a transmitir. O aprendizado diário me motiva muito. Quero sempre aprender mais todos os dias, lendo, vendo, ouvindo, conversando.

– O técnico da seleção pode ser anunciado a qualquer momento. Você se sensibiliza mais com brasileiro ou estrangeiro?

– Antes de tudo, nada contra os estrangeiros, que são tão competentes e capazes quanto os nossos, mas torço para que continue sendo um brasileiro. Torço pelo Dorival Junior, meu jogador no Joinvile, campeão catarinense de 87. Foi excelente volante e era meu líder e porta-voz em campo.

– Que tal a primeira decisão brasileira de 2023 Palmeiras 4 x 3 Flamengo?

– Grande jogo, bem disputado pelos melhores do país. A diferença de um gol refletiu bem o equilíbrio, embora o Flamengo tenha mostrado mais falhas defensivas, tanto que seu técnico tem falado em necessidade de melhorar. O Palmeiras tem uma grande equipe e um grande comandante.

ANTUNES, o mais velho, e Nando inspirararm Edu, que, tanto quanto os dois, também foi referência no América, artilheiro do Rio-São Paulo de 69, campeão da Taça Guanabara de 74 e incentivo para o início de Zico, maior artilheiro do Flamengo e do Maracanã. 

EDU APRENDEU tanto em campo quanto com os bons técnicos que teve: “Todos importantes, entre eles Carlos Froner, que me ensinou muito no Flamengo”. Em 84, Edu levou o Vasco ao vice Brasileiro, em decisão equilibrada (0 x 1 e 0 x 0) com o Fluminense de Parreira, em jogos de tirar o fôlego no Maracanã. No mesmo ano, dirigiu a seleção em amistosos com Inglaterra, Argentina e Uruguai.

NAS ANDANÇAS pelo mundo da bola, Edu ganhou a Taça Rio no América (82) e no Vasco (84), foi campeão carioca no Botafogo (90), e assumiu a seleção do Iraque, o CSKA Moscou, Olympiacos, Fenerbahçe, Barcelona do Equador, e assistente de Zico no Kashima e na seleção do Japão.

ANTUNES E EDU fizeram uma tabelinha histórica, e um gol irretocável, à direita da tribuna do Maracanã, na vitória do América sobre o Nacional, que tinha os zagueiros da seleção uruguaia Emilio Alvarez e Manicera, no torneio Negrão de Lima de 67. As coisas boas são como os diamantes. Os diamantes são eternos.

Fotos: Museu da Pelada e Acervo Blog Deni Menezes