FOTO: Período em que Pelé atuou no Cosmos, no fim dos anos 1970 / Reprodução

Não houve e dificilmente haverá jogador de futebol igual a Pelé. Foi o mais completo e detentor de recordes que o levaram a ganhar o prêmio que resume tudo: Atleta do Século. Como dizia Waldir Amaral, brilhante e criativo narrador da época de ouro da grande audiência do rádio, o Deus de todos os estádios.

Nenhum jogador, em clube algum do mundo, foi onze anos consecutivos artilheiro de campeonato como Pelé foi no Santos, de 1956 a 1974, com o recorde absoluto de 58 gols em 1958 no Campeonato Paulista. 

Primeiro brasileiro bicampeão da Libertadores e do Mundial de clubes com o Santos em 1962-1963. Onze vezes campeão paulista, cinco vezes campeão brasileiro e primeiro campeão do mundo da história das Copas, antes dos 18 anos.

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Estreou na seleção em 7/7/57, no Maracanã, em jogo da Copa Roca com a Argentina (2 x 1), lançado pelo técnico gaúcho Sylvio Pirilo. Entrou no lugar de Del Vecchio, aos 29, e três minutos depois fez o gol de empate.

Despediu-se da seleção em 18/7/71, no Maracanã – 138.575 pagantes -, 2 x 2 com a Iugoslávia. Deu a volta olímpica ao ser substituído na metade do segundo tempo, tirou a camisa para acenar ao público e não resistiu às lágrimas.

Pelé e Garrincha, com eles em campo, a seleção nunca perdeu! Primeiro jogo, 15/5/58 – 3 x 1 na Bulgária, dois gols de Pepe e um gol de Pelé. Último jogo, 12/7/66 – 2 x 0 na Bulgária, gols de Pelé e Garrincha. 

Pelé e Garrincha disputaram de 1958 a 1966, pela seleção, 40 jogos: 36 vitórias, 4 empates. 44 gols de Pelé, 11 gols de Garrincha. Estrearam juntos em Copa do Mundo – 15/6/58 -, nos 2 x 0 na Rússia, gols de Vavá.

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O gol 1000 de sua notável carreira foi marcado na noite de 19 de novembro de 1969, no Maracanã, em cobrança de pênalti no canto esquerdo do argentino Andrada, que passou a ser O arqueiro do Rei. Santos 2 x 1 Vasco.

Eleito em novembro de 1999 pela alemã Reuters, a mais importante agência de notícias do mundo, a maior personalidade esportiva do século 20. 

Maior artilheiro da história do Santos com 1.091 gols, entre 1956 e 1977. Recordista sul-americano de gols marcados no mesmo adversário: fez 49 gols em 48 jogos com o Corinthians, seu maior freguês. 

A expressão “gol de placa” foi criada em 5/3/61, no Maracanã, Santos 3 – 1 Fluminense -, ao driblar seis marcadores e o goleiro Castilho, antes do toque final com o gol vazio. A placa foi exposta no hall dos elevadores do estádio.

Pelé se despediu de vez em 2 de outubro de 1977, no Giants Stadium, em Nova York. Jogou um tempo pelo Santos e outro pelo Cosmos, que venceu (2 x 1). Um dos momentos inesquecíveis da minha carreira de repórter de rádio, como foi o domingo da final Brasil 4 x 1 Itália -, 21/6/70, no México, na minha primeira das oito Copas, a última do Rei Pelé.

Foto: Messi-Maradona-Cruyff-Pelé-Di-Stéfano.jpg / site logvisaodemercado.pt

Tentaram comparar o argentino Di Stefano e o húngaro Puskas a Pelé. Depois, fizeram nova tentativa com o holandês Cruyff. Por último, com os mais recentes argentinos, Maradona e Messi. Nenhum deles. O melhor foi e será sempre Pelé – eterno e único -, ou, como dizia Waldir Amaral, o Deus de todos os estádios.