CARIOCA DE PADRE MIGUEL, nascido no último sábado de fevereiro de 1943, Carlos Alberto Gomes Parreira, comemora 80 anos nesta 2ª feira (27), como um pisciano, signo de água, 12º do Zodíaco, emotivo e empático, como todas as criaturas da roda astrológica. Deixou marca no futebol, reconhecido por uns, contestado por outros.

AO GANHAR A 4ª COPA, primeira decidida em pênaltis, após 0 x 0 em 120 minutos com a Itália, em 1994, tirou o Brasil do primeiro jejum de cinco Copas sem Copa, repetido em 2022. Ele voltou a fazer dobradinha com Zagallo, campeão em 1970, coordenador em 1994: “O mais importante dos meus mestres” – diz Parreira.

TRICOLOR DE CORAÇÃO, Parreira foi preparador físico campeão carioca em 73 e brasileiro em 70, após voltar da primeira experiência internacional em 67-69 na seleção de Gana. Em 70, entrou na comissão técnica da seleção como assistente de Claudio Coutinho, que dividia a preparação física com Admildo Chirol.

CAMPEÃO BRASILEIRO DA SÉRIE C, em 1999, foi um de seus momentos mais felizes como técnico do Fluminense, quatro anos depois de ganhar o Carioca de 75, dirigindo a Máquina Tricolor pilotada por Rivellino. Parreira foi também o treinador campeão da Copa do Brasil e do Rio-São Paulo de 2002 com o Corinthians.

PARREIRA DISPUTOU seis Copas com cinco seleções: Kuwait (1982), Emirados Árabes (1990), Brasil (1994/2006), Arábia Saudita (1998) e África do Sul (2010). Igualou o recorde do sérvio Bora Milutinovic, hoje aos 78 anos, técnico do México (1986), Costa Rica (1990), Estados Unidos (1994), Nigéria (1998) e China (2002).

“O GOL É APENAS UM DETALHE”, assim Parreira resumiu a visão cautelosa na orientação de suas equipes, inspirado em Sepp Herberger, técnico alemão, campeão de uma das grandes viradas (3 x 2) das Copas do Mundo, ao vencer a favorita Hungria, na final de 1954 na Suíça, que ficou conhecida como “O milagre de Berna”. Herberger resumia: “Futebol é atacar e defender com a máxima eficiência”.

PARREIRA não só uniu teoria e prática no futebol, mas também na arte, a que se dedica como pintor, fã da escola impressionista, simbolizada pelo francês Claude Monet. Fluente em inglês, Parreira é comparado ao poeta William Shakespeare (1564-1616), o mais influente dramaturgo do mundo e o maior escritor inglês de sempre.

Foto: GZH, wikipedia, Palestras de Sucesso, NetFlu, TNT Sports, UPI, Lance!