Escolha uma Página

DINO ZOFF, 2º goleiro italiano capitão e campeão do mundo, completa 80 anos hoje, nascido no sábado, 28 de fevereiro de 1942, na pequena Mariano del Friuli, província de Gorizia, a 641 km da capital Roma. 4º que mais atuou pela seleção, com 112 jogos, depois de Buffon (176), Cannavaro (136) e Paolo Maldini (126), Zoff repetiu em 1982, Giampiero Combi, goleiro e capitão da 1ª Copa do Mundo da Itália em 1934.

TÍTULOS E RECORDES marcaram a carreira notável de Dino Zoff, aos 26 anos campeão da 1ª Eurocopa de seleções em 1968, com 2 x 0 na Iugoslávia, em final histórica no Estádio Olímpico de Roma. O técnico era Ferruccio Valcareggi, e o capitão, Giacinto Facchetti, personagens da decisão da Copa do Mundo de 1970, que a Itália perdeu para o Brasil por 4 x 1 e em que Dino Zoff participou na reserva de Enrico Albertosi.

DINO ZOFF ESTREOU na Série A italiana pela Udinese, aos 19 anos, no 1 x 1 com a Fiorentina, no estádio Friuli, em Udine, na 3ª feira, 24 de novembro de 61. Em 63 foi comprado pelo Mantova, que o vendeu em 67 ao Napoli. Após a Copa de 70, comprado pela Juventus, Zoff deu o salto de qualidade e bateu o 1º recorde: 902 minutos sem sofrer gol, de 3 de dezembro de 72 a 18 de fevereiro de 73.

AS PORTAS DO SUCESSO ficaram abertas 11 anos para Dino Zoff na Juventus, que os italianos tratam com carinho como Velha Senhora, por ser o clube mais antigo do futebol do país, fundado em 1/11/1897, recordista com 36 títulos. Zoff foi seis vezes campeão italiano: 72-73, 74-75, 76-77/77-78, 80-81/81-82; da Liga Europa 76-77 e da Copa Itália 78-79, 82-83, ano em que encerrou a carreira, pendurando as luvas.

DINO ZOFF TEVE UMA SURPRESA na 5ª feira, 2 de junho de 83, após o último jogo da carreira, com o convite para ser treinador de goleiros da Juventus. Ficou cinco anos, e assumiu como técnico da equipe principal, que ganhou a Copa Itália, a Copa da Uefa e o 3º lugar no Italiano 89-90. Zoff classificou a seleção olímpica para os Jogos Olímpicos de 1988 em Seul, em que a Itália ficou em 4º lugar.

EM SUAS TRÊS COPAS DO MUNDO como titular, a Itália foi eliminada na 1ª fase em 1974; perdeu o 3º lugar para o Brasil em 1978, e foi campeã em 1982, com 3 x 1 na Alemanha, na 6ª final entre europeus e na 1ª Copa com 24 seleções. A Itália empatou 0 x 0 com a Polônia; 1 x 1 com Peru e Camarões, e antes da final, engrenou 2 x 1 na Argentina, 3 x 2 no Brasil, e 2 x 0 em novo jogo com a Polônia.

O JOGO INESQUECÍVEL DO CAPITÃO ZOFF, quatro meses após completar 40 anos, foi o da final da Copa, no domingo, 11 de julho de 82, diante de 90 mil torcedores, no estádio Santiago Bernabeu, do Real Madrid: Itália 3 x 1 Alemanha. Os campeões do técnico Enzo Bearzot: Dino Zoff, Gentile, Scirea, Collovati e Cabrini; Bergomi, Oriali e Tardelli; Conte, Paolo Rossi e Graziani. Hoje, aos 52 anos, Conte é o técnico do londrino Tottenham.

“NASCI PARA SER GOLEIRO” – disse Dino Zoff, lembrando dos ídolos Sebastiano Rossi, do Milan e da seleção, que viu em 1956, aos 14 anos, e o inglês Gordon Banks: “Ele fez a defesa mais bonita das Copas naquela cabeçada do Pelé. Foi a defesa que eu gostaria de ter feito”. O recorde de Zoff, de 903 minutos, foi batido por Rossi, com 929, e em 77-78, por Mazaropi, do Vasco, com 1.816 minutos sem sofrer gol.

Fotos: GZH, ESPN, Trivela, Yahoo Esporte, Sportsnet