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ALEMANHA x COSTA RICA, nesta 5ª feira, 1 de dezembro de 2022, no estádio Al Bayt, no Catar, entra para a história da Copa do Mundo. É o primeiro jogo com trio de arbitragem feminino, com a francesa Stéphanie Frappart no apito e a brasileira Neuza Inês Back e a mexicana Karen Diaz Medina como assistentes.

PRIMEIRA A DIRIGIR um jogo do Campeonato Francês masculino, em 28 de abril de 2019, Amiens 0 x 0 Estrasburgo, Stépanhie Frappart foi também a primeira a apitar em competições europeias masculinas, Dinamo de Kiev 0 x 2 Juventus de Turim, pela Supercopa 2020-21, merecendo a nota máxima dos observadores da Uefa.

Stéphanie Frappart

O JOGO MARCANTE da árbitra francesa foi o da primeira decisão masculina, em 14 de agosto de 2019, na Arena Vodafone, na Turquia: Liverpool 2 x 2 Chelsea, em que o time inglês ganhou sua 4ª Copa da Europa, por 5 x 4 nos pênaltis. Um mês antes, Frappart apitou a final do Mundial Feminino Estados Unidos 2 x 0 Holanda.

NEUZA INÊS BACK, de 38 anos, nascida na 3ª feira, 14 de agosto de 1984, em Saudades, município do Oeste catarinense, a 650 km da capital Florianópolis, será a primeira assistente brasileira em Copa do Mundo: “Meu sonho era estrear em jogo de um campeão e fui feliz ao ser escalada em Alemanha x Costa Rica”.

A PROFESSORA de Educação Física Neuza Back diz que o pensamento está na pequenina cidade onde nasceu. Saudades tem só 205 m2, sendo 3,2 km2 em área urbana, e apenas 12 mil habitantes. É o 148º dos 295 municípios catarinenses, na região metropolitana de Chapecó, 12º do estado.

Karen Diaz Medina

NEUZA INÊS BACK, ainda menina, teve aulas de balé, tentou jogar bola, mas a arbitragem a atraiu. Fez o curso em 2008 e logo estava atuando no Catarinense, campeonato em que se destacou. Em 2009 teve a primeira chance na Série A do Brasileiro e em 2014 ganhou a insígnia da Fifa como árbitra assistente.

“É O MOMENTO MAIS IMPORTANTE da carreira e espero mostrar o valor e a capacidade da mulher brasileira”- diz Neuza Inês Back, que quer, o quanto antes, a profissionalização do árbitro: “O futebol é um produto, cada vez mais valorizado, e o árbitro precisa estar incluído no contexto” – faz questão de ressaltar.

A OUTRA ASSISTENTE de Alemanha x Costa, compondo o trio de arbitragem com a francesa Stéphanie Frappart e a brasileira Neuza Inês Back, é Karen Diaz Medina, de 38 anos, engenheira agroindustrial, nascida em Águas Calientes, um dos 31 estados do México, localizado bem na região central do país.

AS OUTRAS DUAS ÁRBITRAS da 22ª Copa do Mundo, primeira no Oriente Médio e última com 32 seleções, são Yoshimi Yamashita, de 36 anos, japonesa de Nakano, região metropolitana de Tóquio, e Salima Mukansanga, de 34 anos, de Kigali, capital de Ruanda, país da África Oriental. As próximas a serem escaladas na Copa.

DOS 129 ÁRBITROS da Copa de 2022, as seis mulheres selecionadas pela Fifa representam apenas 4%. A francesa Stéphanie Frappart, que apitará Alemanha x Costa Rica, nesta 5ª feira, 1 de dezembro de 2022, resume: “Eu sei bem como lidar com isso. Fui a primeira árbitra na França e na Europa, sempre a primeira”.

Foto: Liamara Polli / CBF