MANCHESTER CITY e INTERNAZIONALE decidirão hoje (10) o torneio mais importante de clubes do mundo, em sua trigésima temporada como Liga dos Campeões (Champions League, em inglês), desde 1992-93, iniciado em 1955-56 como Copa dos Campeões da Europa. Pela segunda vez no Estádio Olímpico Ataturk, em Istambul, segunda maior cidade da Turquia, por coincidência entre equipes inglesa e italiana, tal como a decisão de 2004-05, Milan 2 x 1 Liverpool.

CITY x INTER é o que se convencionou chamar de tira-teima, de vez que em quatro decisões, ingleses e italianos foram campeões duas vezes. Na primeira, em 1983-84, Roma 1 x 1 Liverpool (4 x 3 nos pênaltis); na segunda, em 1984-85, Juventus 1 x 0 Liverpool; na terceira, em 2004-05, Milan 3 x 3 Liverpool (3 x 2 nos pênaltis), e na quarta, em 2006-07, Milan 2 x 1 Liverpool. Sexta final da Inter, três títulos, dois vices; segunda final do City, vice em 2020-21, derrotado pelo Chelsea (1 x 0).

O RECORDISTA de finais é o Real Madrid, que participou de 17, sendo 14 vezes campeão e três vezes vice, único pentacampeão ao ganhar as cinco primeiras consecutivas, de 1955-56 a 1959-60, e tem o único jogador seis vezes campeão, o ponta-esquerda Francisco Gento, do penta e em 1965-66. O Milan é o segundo que mais participou de finais (11), com sete títulos e quatro vezes vice-campeão.

O ESTÁDIO OLÍMPICO ATATURK, com 76.092 lugares, padrão cinco estrelas da União Europeia de Futebol (Uefa), construído em três anos, inaugurado em 31 de julho de 2002 com o amistoso Galatasaray 2 x 0 Olympiakos, da Grécia, custou 140 milhões de dólares. Com 134 portas de entrada e 148 de saída, permite, em caso de emergência, que 80 mil saiam em sete minutos. O estádio passou por duas reformas, em 2005 e 2020.

O NOME DO ESTÁDIO é em homenagem a Mustafa Kemal Ataturk – 1881 – 1938 -, primeiro presidente da República da Turquia, oficialmente declarada em 23 de outubro de 1923. Ataturk significa O Pai dos Turcos, e Kemal, quer dizer Excelência, nome atribuído a ele por um professor universitário, devido à sua extrema habilidade como aluno genial de Matemática. A memória de Ataturk é renovada com muito respeito pelas gerações turcas.

O ESTÁDIO FICA a 20 km do centro de Istambul, a capital cultural da Turquia, no Noroeste do país, segunda maior cidade, com 17 milhões de habitantes, que rivaliza com Londres como a mais populosa da Europa. Não há comparação no mundo, em fanatismo, rivalidade, paixão e ódio, com os times da capital: Fenerbahçe, Galatasaray e Besiktas. Istambul tem acordos de geminação com mais de 50 cidades de todos os continentes e sua primeira cidade gêmea é o Rio de Janeiro, desde 1965, ano do IV Centenário da Cidade Maravilhosa.

O ÁRBITRO DA FINAL de hoje (10), Manchester City x Inter de Milão, é Szymon Marciniak, de 42 anos, natural da pequena Plock, cidade de 130 mil habitantes, na região central da Polônia, a 130 km da capital Varsóvia. Ele apitou as finais da Eurocopa de seleções de 2016, França 0 x 1 Portugal, e da Copa do Mundo de 2022, França 3 x 3 Argentina (4 x 2 nos pênaltis). Ganhará o equivalente a R$100 mil pela final de hoje (10), em Istambul.

MANCHESTER CITY – Ederson, Walker, Stones, Ruben Dias e Akanji; Rodri, De Bruyne e Bernardo Silva; Gundogan (c), Haaland e Grealish. Técnico, Josep Guardiola, espanhol de 52 anos, ex-meia multicampeão no Barcelona e técnico mais bem-sucedido dos últimos tempos, tricampeão espanhol e da Liga dos Campeões no Barcelona; tricampeão alemão no Bayern Munique, e cinco vezes campeão inglês em seis temporadas no Manchester City, atual tricampeão.

INTER DE MILÃO – Onana, Darmian, Acerbi e Bastoni; Dumfries, Barella, Mkhitaryan, Çalhanoglu e Dimarco; Lukaku e Lautaro Martinez, argentino, único sul-americano da equipe. Técnico, Simone Inzaghi, de 47 anos, natural de Piacenza, na região da Emília-Romanha. Campeão e artilheiro da Lazio, de Roma, com 55 gols em 196 jogos, entre 1999 e 2010, e técnico bicampeão da Copa e da Supercopa da Itália com a Inter.

Foto: Goal