O FLAMENGO NÃO TEVE ÉTICA ao tirar Dorival Junior do Ceará, ao falar direto com o técnico e não com o clube. Coberto de razão, o presidente Robinson de Castro reagiu, embora com a decisão consumada, e que lhe foi comunicada pelo próprio Dorival. O que restou ao presidente foi apenas o direito de um apelo: “A partir de agora, espero que não me critiquem quando eu demitir técnico com três meses de trabalho”.
O FLAMENGO HAVIA TENTADO, antes de Dorival, o uruguaio Paulo Pezzolano, do Cruzeiro, como revela agora o agente do técnico, comentando que “ele se sentiu desconfortável com o contato direto, quando o correto seria o interessado primeiro se dirigir ao clube”. Em poucas palavras, na decisão do técnico do Cruzeiro, e no comentário sucinto de seu agente, uma autêntica lição de ética. Muito boa para ser aprendida.
O PRÓPRIO FLAMENGO RECONHECE a defasagem da direção do seu futebol, tanto que a pressão interna continua muito forte. Pode ser iminente, e sem causar surpresa, a troca dos nomes atuais. Seria apenas o reflexo tardio do uso da imagem do clube para fins políticos, que nunca estiveram em sintonia com o futebol.
Foto: Gávea News