O FLUMINENSE alcançou a glória eterna, com a conquista da primeira Libertadores, em seus 121 anos de história, ao vencer o Boca Juniors por 2 x 1, na noite deste sábado (4), com recordes de renda – R$31.702.250,00 – e de público – 69.232 -, no Maracanã. Cano comemorou o 1º gol, com L dos filhos Lorenzo e Leonella, e de Libertadores, e John Kennedy foi expulso, ao subir a escadinha para comemorar o gol do título com os torcedores.
O FLUMINENSE saiu para o intervalo com 1 x 0, gol de Cano, artilheiro da Libertadores de 2023 com 13 gols, aos 36 minutos, completando de pé direito, no canto direito, o cruzamento rasteiro de Keno. O lateral-direito colombiano Luis Advíncula empatou com chute rasteiro de pé esquerdo, de fora da área, no canto direito, aos 27 minutos do 2º tempo. John Kennedy fez o gol do título aos 8 minutos do 1º tempo da prorrogação, com chute forte de pé direito, da entrada da área, no canto esquerdo, após bela assistência de cabeça de Keno. Foi o 15º gol que marcou em 70 jogos.
PELA PRIMEIRA VEZ, na história das 64 edições da Copa Libertadores da América, os presidentes da Fifa, Gianni Infantino, advogado suíço-italiano de 53 anos, e da União Europeia de Futebol (Uefa), Aleksander Ceferin, advogado esloveno de 56 anos, assistiram a uma final, e participaram da premiação dos jogadores. O presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, Alejandro Dominguez, advogado paraguaio de 51 anos, mostrou-se superfeliz com o encerramento da festa.
O GOLEIRO FABIO, sul-matogrossense de 43 anos, disputou o 119º jogo pelo Fluminense e tornou-se o brasileiro com mais jogos (100) na Libertadores. Os filhos Pablo e Valentina foram ao gramado abraçá-lo: “Toda honra e toda glória a Deus, que me possibilitou esse privilégio de ser campeão pelo Fluminense”. Bicampeão carioca de 2022-23, o zagueiro paulista David Braz, de 36 anos, também ganhou a Libertadores pela primeira vez, ao completar 80 jogos com a camisa tricolor.
OS CAMPEÕES DA LIBERTADORES 2023: Fabio, Samuel Xavier (Guga), Nino (c), Felipe Melo (Marlon) e Marcelo (Diogo Barbosa); André, Martinelli (Lima) e Ganso (John Kennedy); Arias, Cano e Keno. O Fluminense disputará a Recopa Sul-Americana com a LDU, campeã da Copa Sul-Americana, em fevereiro de 2024: o primeiro jogo, dia 21, no Estádio Casa Blanca, em Quito, e o segundo, dia 28, no Maracanã.
O FLUMINENSE garantiu participação nos dois próximos Mundiais de clubes: em dezembro de 2023 na Arábia Saudita, onde poderá decidir o título com o Manchester City, campeão europeu, e em 2025, nos Estados Unidos, dentro do novo formato com 32 equipes. O técnico italiano Carlo Ancelotti, que assumirá a seleção brasileira em julho, disse ter ficado alegre com a vitória do Fluminense pela participação de Marcelo, “entre os melhores jogadores que dirigi”.
MARCELO saiu do Fluminense para o Real Madrid em 2007, aos 18 anos, tornando-se recordista de títulos com seis campeonatos espanhóis; cinco Champions; quatro Mundiais de clubes, três Supercopas da Europa; cinco Supercopas da Espanha e duas Copas do Rei da Espanha, depois de 546 jogos e 38 gols em 16 temporadas consecutivas. Marcelo bateu o recorde de 24 títulos do ponta Gento, do único time que ganhou a Champions cinco vezes consecutivas, de 1955-56 a 1959-60, mas fez questão de dizer: “A Libertadores, com a camisa do Fluminense, é o melhor título da minha carreira”.
O FLUMINENSE ganhou o quinto título consecutivo da Libertadores para o futebol brasileiro, o que nenhum outro país conseguiu. O Flamengo foi campeão em 2019 e 2022, e o Palmeiras em 2020 e 2021. O Boca ainda tenta igualar o recorde do também argentino Club Atlético Independiente, sete vezes campeão e único com quatro títulos consecutivos. O Fluminense ganhou o 23º título para o Brasil, mas a Argentina mantém a liderança do ranking com 25 conquistas.
SE VENCER A RECOPA Sul-Americana na decisão de 2024 com a LDU, o Fluminense disputará o Desafio de Clubes com o campeão da Liga Europa, que só será conhecido em maio do próximo ano. O primeiro título, em sua 9ª participação na Libertadores, rendeu ao Fluminense mais de R$100 milhões, com a soma da premiação desde a fase de grupos.
O FLUMINENSE ganhou oito dos treze jogos da vitoriosa campanha: 3 x 1 no Cristal do Peru; 1 x 0 no The Strongest da Bolívia; 5 x 1 no River Plate; 2 x 0 no Argentinos Jrs; 3 x 1 no Olimpia; 2 x 1 no Internacional, e 2 x 1 no Boca Jrs. Dos três empates, dois 1 x 1 com Cristal e Argentinos Jrs, e 2 x 2 com o Internacional. As duas derrotas, 2 x 0 para o River e 1 x 0 para The Strongest, ao levar a equipe reserva para o segundo jogo na Bolívia.
QUINZE ANOS DEPOIS de perder sua então única final para a LDU – 3 x 1 nos pênaltis -, o Fluminense, ao ganhar a Libertadores de 2023, repetiu o São Paulo, vice em 74, campeão em 92, e o Internacional, vice em 80, campeão em 2006. Só dois brasileiros foram às finais e não ganharam o título, o São Caetano em 2002 e o Athletico Paranaense, em 2005 e em 2022. Só dois brasileiros ganharam a Libertadores duas vezes consecutivas, o Santos em 62-63 e o São Paulo em 92-93.
FOI A PRIMEIRA FINAL da Libertadores, em jogo único, com dois expulsos: o atacante John Kennedy, autor do gol do primeiro título do Fluminense, ao comemorar o gol abraçado com torcedores, depois de advertido com cartão amarelo, e o lateral Frank Fabra por ter dado um tapa na cara de Nino, o que o árbitro só viu ao ser chamado pelo VAR para a revisão. Foi na frente do árbitro e ele não viu a cabeçada do zagueiro Valentini em Ganso.
- ANTES DE ENTRAR, aos 35 minutos do 2º tempo, substituindo Ganso, p atacante John Kennedy ouviu de Fernando Diniz: “Você vai fazer o gol do título”. Depois do jogo, o abraço mais demorado foi no meia André.
- FERNANDO DINIZ jogou água na cabeça do presidente do Fluminense, que acompanhou os jogadores na premiação da medalha de ouro e ganhou abraço afetuoso de Gianni Infantino, presidente da Fifa.
- FERNANDO DINIZ ultrapassou duas vezes as barreiras de segurança para comemorar com os torcedores. No auge da empolgação pelo título, o técnico deu uma cambalhota no gramado.
- PELA PRIMEIRA VEZ, a taça foi erguida a seis mãos, pelo técnico Fernando Diniz, entre os zagueiros Nino, com a faixa de capitão no braço esquerdo e Felipe Melo com a faixa de capitão no braço direito.
- UM DOS MOMENTOS emocionantes foi logo após John Kennedy marcar o gol do título: Felipe Melo e Marcelo, no banco de reservas, não se contiveram e choraram. Felipe também chorou ao abraçar o pai no gramado.
- CANO, ARTILHEIRO da Libertadores com 13 gols, sentou-se na trave, onde marcou o primeiro gol; pouco depois, Felipe Melo subiu para ficar ao lado dele. Nino ficou encostado na trave e beijou várias vezes a medalha de ouro.
- FELIPE MELO, muito empolgado, repetiu algumas vezes: “Foi o prêmio para o time que mais trabalha. Não há time que trabalhe mais que o nosso”.
- O PRESIDENTE da Conmebol, Alejandro Dominguez, entregou a taça precisamente às 20h30min ao capitão Nino, que a ergueu junto com Felipe Melo e o técnico Fernando Diniz.
Foto: Alexandre Cassiano, Sergio Moraes / Reuters, SaltWire, ESPN