O BOTAFOGO mereceu a glória eterna, ao vencer um jogo de superação extrema, que disputou durante 103 minutos com menos um, devido à expulsão mais rápida das finais das Libertadores, aos 2 minutos, quando Gregore atingiu a cabeça de Fausto Vera no grande círculo.

APÓS 4 MINUTOS de paralisação, com dois chutes de Hulk e duas defesas de John, e dois de Savarino, distantes do gol, o Botafogo abriu o placar aos 35 com Luiz Henrique, na pequena área, na primeira finalização pela esquerda, orientado pelo técnico Artur Jorge para que trocasse de lado.

O ATLÉTICO sentiu e ficou nervoso, mais ainda ao sofrer o 2º gol, aos 44, quando Alex Telles converteu no canto esquerdo, deslocando Everson, o pênalti que Facundo Tello não marcou, a não ser depois de chamado por Mauro Vigliano, do VAR, e de rever o lance, que não deixou dúvida.

O ATLÉTICO desfez a linha de três zagueiros e voltou do intervalo sem Lyanco, Fausto Vera e Scarpa, entrando Mariano, Bernard e o chileno Vargas, que logo aos 2 minutos deu alento, ao marcar de cabeça, sem saltar, o que seria o único gol do time, após escanteio de Hulk.

O BOTAFOGO trocou Savarino e Alex Telles, aos 13, entrando Danilo e Marçal, que mantiveram a estrutura defensiva e o time saindo pouco do próprio campo, mas sempre com mais perigo nos contra-ataques. Aos 41 e aos 42, o Atlético perdeu chances claras com Vargas, por cima da trave.

O TÉCNICO do Botafogo mandou bem, ao substituir Almada e Luiz Henrique, desgastados, por Mateus Martins e Junior Santos, que fez jogada de futsal, ao sair da bandeirinha de escanteio na direção da área, e marcou o 3º gol aos 51, último minuto de acréscimos.

JUNIOR SANTOS, de 30 anos, baiano de Conceição do Jacuípe, é o primeiro artilheiro do Botafogo na Libertadores, com 10 gols em 11 jogos (878 minutos), depois de ter perdido boa parte do ano pela fratura da tíbia, em julho, e só voltado em setembro.

LUIZ HENRIQUE ganhou o prêmio de Homem do Jogo. Petropolitano de 23 anos, revelado no Fluminense, foi comprado do Betis, em janeiro, por R$107 milhões, segundo investimento mais elevado do Botafogo, que em junho pagou R$137 milhões pelo meia argentino Almada, de 23 anos, ao Atlanta United.

O ÁRBITRO argentino Facundo Tello marcou 21 faltas (12 do Atlético), foi correto na expulsão de Gregore e aplicou oito cartões amarelos: Hulk, Fausto Vera, Lyanco e Battaglia, e Alex Telles, Almada, Igor Jesus e Vitinho. Na premiação, ao receber a medalha, brincou e mostrou cartão amarelo a Alejandro Dominguez, presidente da Confederação Sul-Americana, que o abraçou, e sorriu.

OS CAMPEÕES – John, Vitinho, Adryelson, Barboza e Alex Telles; Gregore, Marlon (c) e Tiago Almada (Mateus Martins); Luiz Henrique (Junior Santos), Igor Jesus (Allan) e Savarino (Danilo). O Botafogo ganhou a 1ª Libertadores de sua história com 58% de aproveitamento: 8 vitórias, 6 empates, 3 derrotas, saldo de 13 gols (30 x 17).

OS VICE-CAMPEÕES – Everson, Lyanco (Mariano), Battaglia e Alonso; Fausto Vera (Bernard), Alan Franco, Scarpa (Vargas) e Arana; Hulk (c), Paulinho e Deyverson (Alan Kardeck). O Atlético sofreu a 7ª derrota e completou 11 jogos sem vencer. Perdeu antes a Copa do Brasil, e pode não disputar a Libertadores de 2025.

Fotos: Site oficial Conmebol, Antonio Lacerda/EFE, EFE/Juan Ignacio Roncoroni, ALEJANDRO PAGNI / AFP, Buda Mendes/Getty Images, twitter do Botafogo, Reprodução e EFE/Juan Ignacio Roncoroni