A MORTE DA TORCEDORA palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, atingida por uma garrafa de vidro no pescoço, e com duas paradas cardíacas, antes de entrar no Allianz Parque, é outra imagem negativa da violência do futebol brasileiro a que o mundo assiste perplexo. Impossível admitir que seja mais um crime comum, de tantos brutais que acontecem no país, tratado com a frieza de uma pena branda. Um crime chocante, que pede a pena máxima, cumprida na íntegra.

INACEITÁVEL O QUE SE VIU na noite do último sábado ( 8 ), no estádio do Palmeiras, onde bandidos, travestidos de torcedores, voltaram a provocar cenas de animais selvagens. Cenas lamentáveis, que se estenderam ao gramado, onde alguns dos profissionais tiveram que cobrir o rosto com a camisa, para tentar respirar melhor, e outros foram buscar ajuda com os médicos na beira do campo, pelo efeito das bombas de gás.

O FUTEBOL NÃO PODE MAIS ser conivente com a ação de bandidos, que usam de todas as armas para matar pessoas do bem, que vão aos estádios pelo entretenimento, não para perder a vida. Que a morte da palmeirense Gabriela Anelli, na plenitude de seus 23 anos, seja o basta definitivo, com uma condenação que não deixe dúvida quanto à justiça.

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