Primeiro, um diretor disse que alvará não tem nada a ver com o que aconteceuDepois, um vice-presidente levantou-se no meio da entrevista para evitar perguntasO presidente demorou duas semanas, quando lhe caberia ser o primeiro a falar. E o fez sem ser objetivo: o reparo justo às famílias. O Flamengo está diante de uma realidade dura e de que não pode escapar. É preciso que assuma a culpa integral pela morte de dez jovens, que não foi, diferente do que disse o presidente, “uma fatalidade”.

Endosso as palavras do jornalista e amigo Marcelo Santos, um dos muitos rubro-negros indignados com o clube: “Ninguém substitui alguém com dinheiro. Uma vida não tem preço. Quem somos nós para quantificarmos dez vidas, perdidas de forma lamentável por descaso e omissão? O que nos resta esperar é que haja justiça, e que Deus ilumine e conforte as famílias”.

O clube que gasta fortunas, com jogadores de nível técnico questionável, não pode continuar querendo fazer barganha de dez vidas de jovens que morreram queimados em seu centro de treinamento. Sob sua inteira e total responsabilidade.