UM DIA DEPOIS de Flamengo e Fluminense acionarem a justiça, para impedir que o Vasco jogue no Maracanã, o desembargador Ricardo Couto de Castro deferiu neste domingo (16) a liminar impetrada pelos clubes gestores do estádio, proibindo que o Vasco inicie a venda de ingressos para o jogo com o Palmeiras, no próximo domingo (23), no Maracanã, pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Vasco não se pronunciou, mas deve tentar cassar a liminar.
GESTORES DO MARACANÃ pelo quarto ano consecutivo, desde a 6ª feira, 5 de abril de 2019, Fluminense e Flamengo divulgaram uma nota conjunta, no próprio dia, abrindo as portas do estádio para Vasco e Botafogo, que haviam ficado fora do processo de licitação, mas os dois clubes não se manifestaram. Só em 2022, disputando a Série B, o Vasco conseguiu fazer os jogos do returno, com Cruzeiro e Sport, com recordes de público no Maracanã.
AO ENTRAREM NA JUSTIÇA, para impedir que o Vasco jogue no Maracanã, Flamengo e Fluminense apresentaram laudo da Greenleaf (Folha verde, em português): “Para manter o gramado em boas condições, é necessário o intervalo mínimo de 72 horas entre os jogos” – resumiu a empresa, pioneira no segmento de gramados esportivos no Brasil, com sede na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
COM BASE NO LAUDO, Flamengo e Fluminense acionaram a justiça. O Flamengo fará o jogo da 2ª rodada com o Internacional, domingo (23), na Arena Beira Rio, em Porto Alegre, mas o Vasco x Palmeiras, se fosse no Maracanã, seria 24 horas depois de Fluminense x Athletico Paranaense, sábado (22), pela 2ª rodada. O gramado terá dois dias consecutivos de jogos pela Libertadores – Fluminense x The Strongest (3ª, 18) e Flamengo x Ñublense (4ª, 19) -, já previstos entre o número máximo de jogos por mês.
A QUEDA DE BRAÇO promete render nas próximas horas porque o Vasco tem prazo para informar à CBF o local e a hora do jogo com o Palmeiras. Jogo, aliás, em que os times serão orientados na área técnica por seus assistentes, de vez que ontem (15), na abertura do Campeonato Brasileiro, Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, e Mauricio Barbieri, técnico do Vasco, foram expulsos por reclamação e terão que cumprir suspensão automática.