O CAMPEONATO BRASILEIRO está parado, pelos jogos da seleção nas eliminatórias, mas o giro dos técnicos, não. O Bahia anunciou ontem (6) o pedido de demissão do português Renato Paiva, de 53 anos, primeiro treinador que contratou, em dezembro de 2022, quando o futebol do clube foi comprado pelo Grupo City. Ele ganhou 20, perdeu 16 e empatou 15 dos 51 jogos, deixando o time em 16º, com 22 pontos, só 1 ponto a mais que o Santos, 17º, primeiro do rebaixamento.
OS TORCEDORES DO BAHIA não gostavam de Renato Paiva, e no auge dos protestos, pelas escalações e maus resultados, publicaram fotomontagem nas redes sociais com a cara dele e orelhas de burro. O técnico também criou muito atrito com jornalistas, principalmente nas entrevistas coletivas, após os jogos, em que não respondia a determinadas perguntas, sobretudo quando o time perdia, e ainda depreciava o que lhe era perguntado.
NA VOLTA DO BAHIA à Série A, em 2023, o Grupo City, empresa de capital majoritário dos Emirados Árabes Unidos, comprou 90% das ações do clube, um dos treze que detém em quatro continentes, por 200 milhões de dólares (R$1 bilhão), com três objetivos principais: zerar as dívidas, investir em infraestrutura e comprar jogadores. O Grupo City pediu ao técnico que se demitisse, para evitar que continuasse comprometendo a imagem do Grupo e do clube.
O BAHIA SÓ VOLTA a jogar 5ª feira (14), com o Coritiba, último colocado com 14 pontos, no Estádio Couto Pereira, e se até lá não contratar novo técnico, será dirigido pelo interino Rogerio Ferreira, paulistano de 44 anos, técnico do Sub-20, depois de ganhar o Campeonato Paulista Sub-15 de 2021 com o Palmeiras. Depois de Pepa, substituído no Cruzeiro pelo carioca Zé Ricardo, Renato Paiva é outro técnico português a deixar o futebol brasileiro após nove meses.