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A dois anos do seu cinquentenário e quase cinco anos após a tragédia de 28 de novembro de 2016, em que só três sobreviveram na queda do avião da LaMia, a sina da Chapecoense continua. Na derrota da noite de ontem (26) para o Juventude por 1 x 0, no encerramento da décima terceira rodada, o único time que ainda não venceu, perdeu pela nona vez, segue em último lugar com os pontos de quatro empates, com a defesa mais vazada e o pior saldo de gols.

GRANDE SALTO – Com o trabalho de grandes profissionais, a Chapecoense deu em seis anos o grande salto de sua história, ao sair da Série D, a última divisão do futebol brasileiro, para a Série A, onde ficou de 2014 a 2019, quando foi rebaixada pela primeira vez à Série B. Ainda assim, encontrou forças para voltar à elite em 2020, após fazer a melhor campanha na Série A em 2017, com 54 pontos em oitavo lugar, ser vice da Recopa Sul-Americana e da Copa Suruga.

REAÇÃO DIFÍCIL – O título estadual de 2020, sétimo em catorze participações nas finais, e a conquista da Série B, ainda não deram à Chapecoense o impulso de que precisa para se manter na Série A em 2022, ano especial da Copa do Mundo. A reação está difícil, complicada, por mais que seja o empenho dos jogadores e o trabalho correto de Jair Ventura, todos contando com o suporte da diretoria, que trabalha duro para reverter a situação.

ARTILHEIRO – O gol único da noite de ontem (26), no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, foi o sétimo de Mateus Peixoto, que passou a dividir com Gilberto, do Bahia, a artilharia do Campeonato Brasileiro de 2021. Logo aos quatro minutos, após bom avanço do lateral Paulo Henrique, que cruzou sob medida, Mateus Peixoto, de 25 anos, 1,91m, fluminense de Cabo Frio, emprestado pelo Bragantino, subiu com estilo e cabeceou forte no canto.

BOM MANDANTE – Sem perder em casa há mais de um mês, o bom mandante Juventude conseguiu a quarta vitória sem sofrer gol: 1 x 0 no Sport, no Flamengo e na Chapecoense e 2 x 0 no Grêmio, só tropeçando no 1 x 1 com o Atlético Goianiense. Com 4 vitórias, 4 empates e as 5 derrotas como visitante, o Juventude ultrapassou o Internacional e terminou a rodada em décimo terceiro lugar, com duas semanas livres para treinar porque só voltará a jogar dia 8.

MARCELO CARNÉ, Paulo Henrique, Vitor Mendes, Didi e William Mateus; Jadson, Mateus Jesus (Capixaba), Dawhan (Bruninho) e Wescley (Chico); Marcos Vinícius (Cleberson) e Mateus Peixoto – o Juventude, do técnico santista Marquinhos Santos, de 42 anos, em sua terceira passagem pelo clube. Com o Fluminense na Libertadores, o jogo do próximo fim de semana foi adiado e o Juventude só voltará a jogar, em casa, dia 8, com o Atlético Mineiro.

COVID-19 – O Juventude ficou sem três para o jogo com a Chapecoense: o zagueiro Rafael Forster, catarinense de 31 anos, emprestado pelo Botafogo; o lateral Michel Macedo, carioca de 31 anos, emprestado pelo Corinthians, e o meia Elton, paulista de 31 anos, emprestado pelo Bahia, que no fim de semana testaram positivo para a Covid-19. Em 13 jogos no comando da Chapecoense, o técnico Jair Ventura empatou quatro e perdeu nove dos seis últimos.

DESDE JUNHO – A última vitória da Chapecoense foi em 2 de junho sobre o ABC por 3 x 0, na Arena Condá, em Chapecó, pela fase de grupos da Copa do Brasil, mas acabou eliminada por 3 x 0 no jogo de volta no estádio Frasqueirão, em Natal. 43 anos depois, Juventude e Chapecoense voltaram a se enfrentar pela Série A: no primeiro jogo, em 16 de abril de 1978, Juventude 4 x 0. Houve dois jogos na Série C, em 2010: Chapecoense 2 x 0 e Juventude 2 x 1, e dois na Série B, em 2020: Chapecoense 1 x 0 e 1 x 1.

Foto: ND mais