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MUITO OPORTUNA A DECISÃO DE AUGUSTO ARAS, procurador-geral da República, ao encaminhar parecer ao Supremo Tribunal Federal, ontem, 3ª feira, 12 de julho de 2022, solicitando que seja reconhecida a legitimidade do Ministério Público do Rio de Janeiro para propor ação civil pública, no caso dos direitos das vítimas da tragédia do Ninho do Urubu, na madrugada da 6ª feira, 8 de fevereiro de 2019.

A MAIOR TRAGÉDIA DA HISTÓRIA DE 125 ANOS DO FLAMENGO, na administração de Rodolfo Landim, que ainda tentou repassar o gravíssimo problema para a diretoria anterior, que havia saído dois meses antes, matou 10 jovens das divisões de base do futebol do clube, enquanto dormiam em contêineres inadequados, conforme parecer das autoridades que realizaram a perícia. 

POUCO DEPOIS, REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO do Rio de Janeiro declararam que o Flamengo pagou o que quis pagar de indenização e coagiu as famílias das vítimas a que aceitassem o que o clube oferecia. O Ministério Público ajuizou ação civil pública contra o Flamengo, mas o clube interpôs recurso, acolhido pelo Tribunal de Justiça do estado, de que a legitimidade do Ministério Público só seria válida em relação aos menores de idade e não ao pedido de pensão às famílias das 10 vítimas do incêndio.

POUCO DEPOIS DA TRAGÉDIA, a Assembleia Legislativa criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito. O presidente do Flamengo não compareceu, provavelmente para não olhar olho no olho dos parentes das vítimas, mas disse que iria na segunda reunião da CPI, e voltou a faltar. Hoje, 13 de julho de 2022, faz 3 anos, 5 meses e 8 dias da tragédia que matou 10 jovens. Por mais quanto tempo os culpados continuarão impunes?

Foto: Consultor Jurídico