ROBERTO DINAMITE causa pesar e tristeza, ao morrer no dia nobre do futebol. O dia especial, em que deu tantas alegrias, principalmente aos vascaínos, em muitos domingos de festa, com o toque mágico de seus gols. A marca registrada de sua carreira, para sempre na história, ficará na memória de quantos o viram brilhar.
4 DE MAIO DE 1980 foi o domingo mais inesquecível de sua carreira, ao voltar ao Maracanã com a 10 do Vasco, após duas temporadas no Barcelona, única camisa que vestiu fora do Brasil. Roberto Dinamite marcou os cinco gols, dos 5 x 2 no Corinthians, os quatro primeiros em 26 minutos.
A VOLTA DO ARTILHEIRO criou tanta confiança, que o time e a torcida não sentiram o gol do Corinthians, marcado pelo volante Caçapava, logo aos 11 minutos. Roberto Dinamite empatou aos 13, e fez a virada, antes da saída para o intervalo, com mais três gols em 12 minutos, aos 27, 37 e 39. Explosão total no Maracanã!
O DOUTOR SÓCRATES marcou o 2º gol do Corinthians aos 43, mas Dinamite voltou inspirado do intervalo, e aos 27 minutos, consolidou a goleada de 5 x 2 do Vasco no seu retorno triunfal. Mereceu cumprimentos, até mesmo do próprio árbitro gaúcho Carlos Sergio Rosa Martins, após o apito final, com discreto aperto de mão.
BOM LEMBRAR: Mazaropi, Paulinho, Juan (Ivan), Leo e Paulo Cesar; Carlos Alberto Pintinho, Guina e Edu; Wilsinho (João Luis), Roberto Dinamite e Catinha, o time dos cinco gols de Roberto Dinamite, “a maior atuação de um mortal”, como bem resumiu Vitor Guedes, colunista do portal Uol.
O TÉCNICO ORLANDO FANTONI, carinhosamente tratado de titio Fantoni, ganhou dos jogadores o presente de aniversário, nove dias antes de completar 63 anos. O carioca Jorge Vieira, então aos 46 anos, técnico do Corinthians, sempre elegante, foi ao vestiário do Vasco abraçar Roberto Dinamite.
O CORINTHIANS tinha uma boa equipe: Jairo, Zé Maria, Mauro, Amaral e Wladimir; Caçapava (Djalma), Basílio e Sócrates; Píter, Geraldão (Toninho) e Wilsinho. Ex-Coritiba e Fluminense, Jairo foi um dos principais goleiros negros da seleção, em que também brilharam Zé Maria, Wladimir e Sócrates, capitão da Copa de 82.
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