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Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Ao completar o oitavo jogo sem fazer gol, o Fluminense foi eliminado pelo Atlético Paranaense, que repetiu na noite de ontem (27), no Maracanã, o placar (2 x 0) do jogo de ida na Arena da Baixada, em Curitiba, e vai decidir a Copa Sul-Americana 2018 com o Júnior Barranquilla, sete vezes campeão colombiano e duas vezes vencedor da Copa da Colômbia. O Atlético poderia perder por um gol, mas tomou a iniciativa e fez 1 x 0 logo aos quatro minutos com Nikão. Na volta do intervalo, Bruno Guimarães marcou o segundo gol aos nove minutos e o Atlético teve chance até de golear.

HUMILHAÇÃO – A torcida do Fluminense não merece passar por tamanha humilhação. É inaceitável o que estão fazendo com o futebol do clube. No Campeonato Brasileiro, em 37 jogos, o Fluminense não fez gol em 15 (oito como visitante, sete como mandante). É o quarto que mais perdeu, com 17 derrotas, igual ao América Mineiro, adversário na última rodada, e só com menos derrotas que os três últimos: Sport e Vitória (18) e Paraná (22).

Luciano perdeu várias chances no Maracanã (Foto: André Durão)

APREENSÃO – Com certeza, depois da decepcionante eliminação da Copa Sul-Americana, o Fluminense viverá sob muita apreensão até o jogo com o América Mineiro, ainda que o empate o salve do rebaixamento. O Ceará (43) está livre. O Vasco (42), pode se igualar em vitórias ao Fluminense, que também pode ser superado em pontos e em vitórias pela Chapecoense, daí a importância de não perder para o América Mineiro (40), que também tenta escapar da queda.

CAMPANHA – O Atlético Paranaense realiza a melhor campanha da Copa Sul-Americana – oito vitórias, duas derrotas -, além de ter o ataque mais positivo (19), com os 2 x 0 no Fluminense. Doze anos depois da única vez em que havia chegado à semifinal, eliminado pelo mexicano Pachuca, campeão de 2006, o Atlético Paranaense conseguiu ser finalista e vai decidir o título com o Atlético Júnior, de Barranquilla, cidade de dois milhões de habitantes no norte da Colômbia.

Em sua campanha como visitante, o Atlético Paranaense foi o único a fazer gol em todos os jogos, completando 10 com os 2 x 0 no Fluminense. O time que se classificou finalista na noite de ontem (28), no Maracanã: Santos, Jonathan, Tiago Heleno, Léo Pereira e Renan Lodi; Lucho Gonzalez (Wellington, 30 do segundo tempo), Bruno Guimarães, Rafael Veiga (Marcinho, 38 do segundo tempo) e Nikão; Marcelo Cirino (Rony, 24 do segundo tempo) e Pablo.

FLUMINENSE – Julio Cesar, Gum (Dodi, 30 do segundo tempo), Paulo Ricardo (Léo, 27 do primeiro tempo) e Digão; Richard, Jadson, Airton Lucas e Sornoza; Júnior Dutra, Luciano e Marcos Júnior (Everaldo, 13 do segundo tempo). Técnico – Marcelo Oliveira.

Tiago Nunes busca o título continental com o Furacão (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

TIAGO NUNES – O técnico do Atlético Paranaense é gaúcho de Santa Maria, 38 anos, começou dirigindo o sub-23 em 2017 e foi efetivado em 27 de junho de 2018, após ganhar o Campeonato Paranaense. Seu único título antes havia sido o de campeão acreano de 2010 com o Rio Branco, da capital Boa Vista. Em 2011 foi técnico do Nacional F.C., o maior campeão da história do futebol amazonense. Tiago Nunes, orgulhoso e feliz, bateu no peito várias vezes quando os torcedores do Atlético Paranaense gritaram, alto e bom som, seu nome no Maracanã. R$1.286.580,00. 35.451 pagantes.

UM CARTÃO – O árbitro Julio Alberto Bascuñan, da Federação do Chile, teve atuação segura e só mostrou um cartão no jogo da noite de ontem, no Maracanã, aos 15 do segundo tempo, para o zagueiro Gum, por falta em Nikão. Árbitro Fifa desde 2013, Bascuñan atuou na Copa América de 2015 e 2016 e desde 2017 apita jogos da Libertadores. Tem 40 anos e nasceu em 11/6/78, em Santiago, capital do Chile.