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Adílio, entre o presidente Rodolfo Landim, à sua esquerda, e o repórter Deni Menezes,na bonita homenagem ao terceiro que mais vestiu e honrou a camisa do Flamengo. Foto de Marcello Freitas.

Terceiro que mais vestiu e honrou a camisa do Flamengo – 617 jogos, 128 gols, entre 1975 e 1990 -, Adílio foi homenageado ontem, na última sexta (28) de julho, com a inauguração do seu busto, ao lado do busto de Leandro e da estátua de Zico, seus parceiros nas maiores conquistas da história do clube em 1981: campeão Carioca, Brasileiro, Libertadores e Mundial de clubes. Adílio ficou sensibilizado com a presença de tantos torcedores de várias gerações, que o abraçaram com muito carinho.

EMOCIONADO – Adílio ficou emocionado com a presença de Mozer Júnior, representando os campeões de 1981, e de duas outras figuras que admira e respeita: George Helal e Sebastião Lazaroni, presidente e técnico do título carioca de 1986. Ao abrir a solenidade, o presidente Rodolfo Landim exaltou as virtudes de Adílio como um dos maiores da história do Flamengo e que hoje dirige o FlaMaster, time que continua a representar bem a história do futebol do clube em amistosos de Norte a Sul do Brasil. 

RECORDISTA – Carioca da Zona Sul, nascido em 15 de maio de 1956 no bairro do Humaitá, Adílio de Oliveira Gonçalves é o ex-jogador que teve mais tempo de permanência consecutiva (24 anos) no Flamengo, onde chegou fraldinha aos 7 anos, em 1963. Não foi só na final de 13 de dezembro de 1981, no antigo Estádio Nacional de Tóquio, onde cobri como repórter, que vi Adílio fazer gol em decisões. Ele marcou o segundo, nos 3 x 0 sobre o inglês Liverpool, campeão da Europa.

VI TAMBÉM Neguinho da Cruzada, como Waldir Amaral gostava de dizer quando Adílio estava com a bola, marcar o gol do título carioca de 81 na final com o Vasco; o gol do 1 x 0 no Vasco, na final da Taça Guanabara de 82; o gol do 1 x 0, na final da Taça Rio de 83 com o Bangu; o gol do 1 x 0 no Fluminense, na final da Taça Guanabara de 84, e o gol do 1 x 0 no Bangu, na final da Taça Rio de 85. Foram gols em seis finais consecutivas em que Adílio, com sua técnica refinada, brilhou em grande estilo.

ANDRADE, ADÍLIO e ZICO, no auge do 4-3-3 do futebol dos bons tempos, em que o talento e a criatividade eram a tônica, esse trio encantou os torcedores e não só os do Flamengo, mas os que gostavam de espetáculos de alto nível. A precisão de Adílio nos passes era tão grande quanto o domínio que sabia exercer com a bola dominada. Não à toa, quatro dos cinco que mais vestiram – e honraram – a camisa rubro-negra foram Junior (872), Zico (732), Adílio (617) e Andrade, o quinto, com 570 jogos.

A EXCEÇÃO, mas também de outra grande geração notável, foi o lateral-esquerdo JORDAN da Costa – 1932 – 2012 -, do primeiro tricampeonato no Maracanã – 53, 54, 55 -, quando o Flamengo foi chamado de Rolo Compressor por ter marcado 228 gols em 84 jogos – média de 2.71 gols por jogo -, dos quais 49 do brilhante meia paraguaio Benitez. Na época do 2-3-5, o time-base era Garcia, Tomires e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel (Paulinho), Rubens, Índio, Benitez (Evaristo, Dida) e Esquerdinha (Zagallo). Técnico – Fleitas Solich, paraguaio, campeão da Copa América de 1953, vencendo (3 x 2) o Brasil na grande final, Jordan foi o quarto que mais atuou pelo Flamengo, em 595 jogos.

NUNES EM NOVEMBRO – Já posso antecipar que o próximo homenageado será Nunes – artilheiro das grandes decisões -, que no feriado da sexta-feira, 15 de novembro, no aniversário de 124 do Flamengo, terá uma festa muito especial. Nunes fez dois gols nos 3 x 0 da final do Mundial de clubes de 1981, e foi um dos raros da história a marcar mais gols do que o número de jogos. Na primeira passagem pelo Flamengo, de 1980 a 1983, Nunes, nascido no município de Cedro, maior produtor de carne-de-sol do estado de Sergipe, fez 170 gols em 150 jogosNo total, com a camisa rubro-negra, ele marcou 194 gols em 180 jogos.

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