As americanas comemoraram, com deboche, o gol da classificação sobre a Inglaterra, como se estivessem tomando chá, uma das grandes tradições inglesas, na vitória (2 x 1) da noite desta primeira terça (2) de julho, no Parque Olímpico de Lyon, na região central da França, a 470 km da capital Paris, com a lotação completa de 59 mil torcedores. Os três gols foram marcados no primeiro tempo, e na volta do intervalo as inglesas não aproveitaram um pênalti e tiveram uma jogadora expulsa.

GANHOU A MELHOR – Estados Unidos e Inglaterra entraram na semifinal com 100% de aproveitamento, após ganharem cinco jogos. Nos dois últimos, já na fase de mata-mata, as americanas derrotaram as espanholas e as francesas, e as inglesas venceram as camaronesas e as norueguesas. As americanas atuaram com a mesma intensidade dos jogos anteriores e pelo sexto jogo abriram o placar até dos quinze minutos, tornando-se merecedoras da terceira final consecutiva no próximo domingo (7).

DOIS GOLS DE CABEÇA – Substituta da estrela maior Megan Rapinoe, com dores musculares, a atacante Christen Press fez 1 x 0 aos 10 minutos, completando de cabeça o cruzamento de O’Hara. Christen Press, 30 anos, 1,70m, nascida na Califórnia, iniciou em 2013 pelo Damaalsvenskan, de Gotemburgo, tornando-se a primeira americana a ganhar o prêmio de artilheira, com 23 gols, do campeonato sueco. Christen Press atualmente é do Chicago Red Stars e capitã da seleção.

PRESENTE DE 30 ANOS – As inglesas chegaram a empatar aos 19 minutos, com o gol de Ellen White, atacante de 30 anos, após o cruzamento da meia Beth Mead. O gol da vitória (2 x 1) das americanas foi da aniversariante do dia, Alex Morgan, que completou 30 anos nesta terça, 2 de julho de 2019. Morgan fez seu sexto gol na atual Copa, aos 31 minutos, concluindo de cabeça o cruzamento do atacante Lindsey Horan, de 25 anos. 

ALEX MORGAN tornou-se em janeiro de 2011 a primeira jogadora do estado da Califórnia a atuar em um time profissional dos Estados Unidos, o Western New York Flash. Ela passou a morar no estado da Flórida em 2016 e desde então defende o Orlando Pride, mesma equipe da alagoana Marta. Foi emprestada ao Lyon – clube francês que mais investe no futebol feminino no mundo -, foi campeã francesa e europeia. Na seleção desde 2010, Morgan chegou aos 110 gols em 167 jogos.

PÊNALTI E EXPULSÃO – As inglesas tiveram a grande chance do empate aos 37 do segundo tempo, quando a zagueira Becky Sauerbrunn, de 34 anos, fez pênalti na atacante Ellen White, de 30 anos. A árbitra brasileira Edina Alves Batista confirmou na revisão do árbitro de video. A zagueira Stephanie Houghton, de 31 anos, bateu no meio do gol, facilitando a defesa de Alyssa Naeher, de 31 anos, reserva de Hope Solo, que teve indisposição e não pôde atuar.

TRÊS MINUTOS APÓS não aproveitar o pênalti, a seleção inglesa terminou o jogo com menos uma. A zagueira Mille Bright, de 25 anos, que joga no Chelsea FC, de Londres, voltou a reclamar em tom áspero, foi advertida pela segunda vez com cartão amarelo, seguido do vermelho. O primeiro cartão amarelo que recebeu foi aos 39 do primeiro tempo, por falta dura na atacante Alex Morgan. Mille Bright saiu de campo sem reclamar, faltando cinco minutos para o fim do jogo.

AS BRASILEIRAS – Pelo quarto jogo da oitava Copa do Mundo feminina, as brasileiras tiveram mais uma atuação firme. A árbitra Edina Alves Batista, 38 anos, paranaense de Goioerê, marcou 21 faltas – 12 das inglesas -, mostrou quatro cartões amarelos – dois para cada seleção – e foi correta na expulsão da zagueira inglesa, pela reincidência na reclamação. A assistente 1 Neuza Back, catarinense de 38 anos, e a assistente 2 Tatiane Sacilotti, paulista de 35 anos, seguras nos acenos dos impedimentos. O trio brasileiro é da Federação Paulista de Futebol e antes atuou em Holanda 1 x 0 Nova Zelândia, China 0 x 0 Espanha e Itália 2 x 0 China.

HOLANDA x SUÉCIA – A outra semifinal será na noite desta quarta (3), também no Parque Olímpico de Lyon, entre Holanda x Suécia. A seleção vencedora decidirá o oitavo Mundial Feminino, domingo (7), com a seleção dos Estados Unidos, favorita para ganhar a quarta final consecutiva. Atuais tricampeãs, as americanas tentam o quinto título de um campeonato.que começou a ser disputado em 1991.