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COM ATUAÇÃO ESTUPENDA DE MESSI, do início ao fim, como se estivesse disputando posição, a Argentina engoliu a Itália na Finalíssima 2022, com 3 x 0, na noite deste 1 de junho de 2022, diante de 87.112  espectadores no estádio de Wembley, nos arredores de Londres. O capitão argentino comandou o show,  participou dos três gols e exigiu defesas do goleiro Donnarumma, que evitou goleada de de 6 ou 7 x 0.

MESSI GANHOU O PRÊMIO DE MELHOR do jogo, comemorou como se fosse sua primeira vitória, foi carregado e jogado para o alto pelos companheiros. Sob o olhar desolado e abatido dos italianos, a  atuação deixou bem clara a evolução da seleção argentina, uma das favoritas da Copa daqui a seis meses. Os argentinos mostraram ainda mais disposição, ao voltarem do intervalo, quando já venciam por 2 x 0.

MESSI INICIOU A JOGADA DO 1º GOL e cruzou rasteiro, do lado da pequena área, para Lautaro Martinez, de pé direito, livre na pequena área, abrir o placar aos 29 minutos. O canhoto Di Maria, outro notável, assinou com categoria a obra-prima do 2º gol, aos 46 minutos, com um leve toque por baixo da bola, encobrindo o goleiro Donnaruma, que nada pôde fazer. 

COM DESPEDIDA TRISTE, em seu 117º jogo pela seleção desde 8 de março de 2005, Giorgio Chiellini não voltou para o 2º tempo, colocando a braçadeira de capitão no intervalo em Leonardo Bonucci, com quem formou a zaga nos últimos nove anos. O técnico Roberto Mancini tentou melhorar logo no reinício, com o meia Spinazzola no lugar de Messina, e o atacante Scamacca no lugar de Belotti, mas não houve efeito.

A ITÁLIA QUASE SOFREU GOL CONTRA do capitão Bonucci, aos 10 minutos, atrasando mal a bola para o goleiro Donnarumma, que iniciou a sequência de grandes defesas aos 15, no ângulo direito, no chute forte de Di Maria. Aos 17, Messi bateu escanteio diferente, para fora da área, em jogada claramente ensaiada, e Di Maria finalizou antes da meia lua para outra grande defesa do goleiro.

A ARGENTINA SEGUIU PRESSIONANDO. Aos 19, Lo Celso perdeu belo cruzamento de Messi, em uma das muitas arrancadas do próprio campo à área adversária, como fez logo três minutos depois, obrigando o goleiro a mandar a escanteio. No minuto seguinte, aos 23, Donnarumma teve que ceder outro escanteio, após outro chute forte de Messi de fora da área. 

COM ASSISTÊNCIA DE MESSI, o atacante Paulo Dybala, que terminou a temporada italiana sem brilho na Juventus, marcou o 3º gol, aos 47 minutos, finalizando no canto esquerdo e a bola ainda trocou no pé da trave. Foi a segunda vez que Dybala tocou na bola, dois minutos após substituir Lo Celso. Antes do apito final, os argentinos tocaram a bola e seus torcedores fizeram o coro de olé.

QUATRO CARTÕES – O chileno Pietro Maza, de 37 anos, teve boa arbitragem, aplicando bem a lei da vantagem. Advertiu com cartão amarelo, Otamendi, por falta em Palmieri, aos 22, e Bonucci, por falta em Messi, aos 39; no segundo tempo, Di Lorenzo, por falta em Messi, aos 22, e Barella, por falta em Di Maria, aos 33 minutos.

ARGENTINA – Emiliano Martinez, Romero (Pezzela), Molina, Otamendi e Tagliafico; De Paul (Palacios), Guido Rodriguez e Lo Celso (Dybala); Messi (c), Lautaro Martinez (Julian Alvarez) e Di Maria (Nico Gonzalez). O técnico Lionel Scaloni aumentou para 32 jogos a série invicta da seleção, com 21 vitórias e 11 empates, superando os 31 jogos de invencibilidade do técnico Álfio Basile.

O CONFRONTO DOS CAMPEÕES europeus e sul-americanos voltou a ser disputado 29 anos depois de a Argentina ter vencido a Dinamarca por 5 x 4 nos pênaltis, após 1 x 1 nos 90 minutos, em 1993 em Mar del Plata. A disputa era pela Taça Artêmio Franchi, italiano que presidiu a União Europeia de Futebol, e na primeira, em 1985, em Paris, a França venceu o Uruguai por 2 x 0. A partir de agora, a taça é Finalíssima.

O TÉCNICO LIONEL SCALONI estranhou a pergunta e franziu a testa, durante a entrevista coletiva na sala de imprensa do estádio de Wembley, quando um jornalista inglês quis saber o que pensava sobre os 70 anos de mandato da Rainha Elizabeth II, de 96 anos, como monarca do Reino Unido. Scaloni disse: “Prefiro dizer que gostei do jogo e da boa exibição da minha seleção, que continuará tentando melhorar”.

O TÉCNICO ROBERTO MANCINI reconheceu que a vitória argentina foi justa: “Além de muitos valores, é uma seleção que vem jogando, enquanto a nossa perdeu o fôlego após sofrer o primeiro gol e sofreu o segundo minutos depois. Estamos iniciando o trabalho de renovação, que poderá apresentar resultados satisfatórios, mas não em pouco tempo. Nosso grupo se abateu por não ter conseguido vaga na Copa”.

A ARGENTINA dará sequência aos amistosos, de preferência com europeus, e o próximo será domingo (5), com a Estônia, país do Norte da Europa, em Osasuna, na Espanha. A Argentina está no Grupo C da Copa do Mundo de 2022 com Arábia Saudita, México e País de Gales, que hoje (1) estreou na Liga das Nações vencendo o País de Gales por 2 x 1, de virada.

Fotos: Guia do Boleiro /  Claudio Villa/Getty Images / Foto: Uefa/Getty Images / Sportbuzz / Reuters – Peter Cziborra /