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Foto: Delfo Rodríguez / Clarín deportes

No último amistoso de seleções do ano, na noite desta terça (20), diante de 40 mil torcedores, capacidade máxima do estádio Malvinas, na cidade de Mendoza, a Argentina venceu o México (2 x 0), com as seleções dirigidas por técnicos interinos, que ainda não sabem se estarão na Copa América de 2019 no Brasil. Os gols foram de dois dos grandes astros do futebol italiano, Mauro Icardi, da Inter de Milão, e Paulo Dybala, da Juventus de Turim.

UM SHOW – O entusiasmo dos torcedores contagiou os jogadores, antes mesmo de o jogo começar, quando cantaram a plenos pulmões o Hino Nacional argentino. E desde que o árbitro colombiano Andrés Rojas, 37 anos, com atuação firme, apitou para a bola rolar, o empenho foi grande das seleções que Lionel Scaloni, argentino de 40 anos, e Ricardo Ferreti, carioca de 64 anos, há mais de 40 radicado no México, estão renovando para a Copa América de 2019.

UM MINUTO – O empenho foi tão acentuado que a Argentina abriu o placar logo no primeiro minuto. Um gol histórico para Mauro Icardi, depois de primorosa tabela com Erik Lamela, por ter sido o primeiro que marcou pela seleção em sete jogos. Icardi tem 25 anos, 1,81m, destro, nasceu em Rosário (terra de Messi), formou-se na base do Barcelona (2008-09), mas se tornou profissional em 2012-13 na Sampdoria, de Genova. Foi artilheiro do Campeonato Italiano 2014-15, com 22 gols, após ganhar a braçadeira de capitão da Inter de Milão.

ERIK LAMELA, parceiro de Icardi na tabela do primeiro gol, tem 26 anos, nasceu em Buenos Aires, começou no River – 2009-11 – e em 2011-13 jogou na Roma, de onde saiu para o Tottenham, de Londres, onde é ídolo da torcida e tem como técnico outro argentino, Maurício Pochettino, 46 anos, que comanda o time desde 2014 e recém renovou contrato até 2022. Lamela é um jogador de altíssimo nível técnico e está se aproximando do jogo 200 na Inglaterra.

BEM AO ESTILO – Na volta do intervalo, a seleção argentina aumentou a pressão, mas o gol que confirmou a vitória só foi marcado aos 42 minutos, bem ao estilo de Paulo Dybala, canhoto, com chute preciso da entrada da área. A jogada começou com Giovanni Simeone, 23 anos, meia-atacante, filho de Diego Simeone, técnico do Atlético de Madrid. Em arrancada espetacular, após passar por dois marcadores, Simeone deu o passe para Dybala finalizar.

Paulo Dybala, 25 anos, é canhoto tão decantado pelos argentinos quanto Maradona e Messi, pela precisão do drible e das finalizações de meia-distância. Ele joga na Itália desde 2012, quando se transferiu para o Palermo, campeão da Série B em 2013-14. Na Juventus de Turim, marcou 74 gols em 154 jogos e participou dos três últimos títulos. Apesar de ter cidadania italiana desde 2012, recusou o convite para jogar na seleção, dizendo que só se sente bem com a camisa argentina.

8 JOGOS, 7 DERROTAS – A Federação Mexicana mostra-se apreensiva com os últimos resultados: a seleção perdeu 7 dos 8 amistosos, só conseguindo ganhar da Costa Rica (3 x 2). Ricardo “Tuca” Ferreti, o técnico, é carioca, 64 anos, foi atacante do Botafogo, Vasco e Bonsucesso. Vive no México desde 1977 e jogou no Atlas, Neza, Monterrey e Toluca, times que também dirigiu como técnico. É o interino da seleção.

BOM LATERAL – A Associação do Futebol Argentino (AFA) mostra-se otimista com o trabalho de Lionel Scaloni, 40 anos, natural de Rosario, ex-lateral-direito. Scaloni jogou na Espanha pelo Deportivo La Coruña – 98 a 2006, 14 gols em 200 jogos -, no West Ham (Inglaterra) e nos italianos Lazio (Roma) e Atalanta (Bergamo). Foi da seleção argentina na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha. É interino, com grande chance de continuar o (bom) trabalho como técnico da seleção.

BOM DIZER – Mendoza, onde a Argentina ganhou do México (2 x 0) é cidade do oeste do país, maior produtora de vinho da América Latina. Mais próxima da Cordilheira dos Andes, está mais perto de Santiago, capital do Chile, a 380 km, do que de Buenos Aires, capital argentina, a 1.037 km. No estádio Malvinas, em Mendoza, construído para a Copa do Mundo de 1978 – primeira ganha pela Argentina -, o Brasil venceu o Peru (3 x 0) e a Polônia (3 x 1).