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River Plate e Palmeiras vão reviver a grande rivalidade entre argentinos e brasileiros, no primeiro jogo das semifinais da Copa Libertadores, na noite de hoje (5), no estádio do Independiente, em Avellaneda, pequena cidade da região metropolitana da Grande Buenos Aires. É o jogo dos ataques mais positivos, o do River com 33 gols, e o do Palmeiras com 29. Quatro vezes campeão, e atual vice-campeão, o River é o recordista de gols na história de 60 anos da Libertadores, com 604.

21 ANOS DEPOIS – O reencontro acontece 21 anos depois de terem se enfrentado nas semifinais de 1999, ano em que o Palmeiras foi campeão pela única vez. No jogo de ida, em Buenos Aires, o River ganhou (1 x 0, gol de Sergio Berti), e na volta, em São Paulo, o Palmeiras se classificou para a final, com 3 x 0, gols dos seus maiores artilheiros na Libertadores, o meia Alex, que fez dois e chegou aos 12 gols, e do atacante colombiano Miguel Borja, com 11 gols. Luiz Felipe Scolari era o técnico.

EM DOBRO – O último Palmeiras x River, em 28 de julho de 2001, no antigo estádio Palestra Itália, em São Paulo, foi pela Copa Mercosul e terminou 2 x 2. O ex-atacante Ramon Diaz, técnico que em 2020 o Botafogo demitiu antes da estreia, continuava dirigindo o River, mas o Palmeiras já tinha outro gaúcho no comando da equipe, Celso Roth. O jogo de hoje (5) é o décimo terceiro da história e o River tem vantagem em dobro, com 6 vitórias. O Palmeiras ganhou 3 jogos e houve 3 empates.

ANJO DA GUARDA – Campeão uruguaio pelo Nacional em 2011-12, Marcelo Gallardo é técnico do River desde junho de 2014 e ganhou duas das quatro Libertadores. É sua décima primeira semifinal, quinta como técnico. Gallardo atribui à contratação da médica Sandra Rossi, de 53 anos, o crescimento da equipe. Formada em neurociência nos Estados Unidos, ela desenvolve a técnica do raciocínio rápido, e os jogadores resumem: “É nossa segunda mãe, um anjo da guarda que Deus nos mandou”.

LISTA SELETA – Ex-meia do River, Mônaco, PSG, e seleção argentina em duas Copas do Mundo, o capricorniano Marcelo Gallardo completará 45 anos no próximo dia 18. Ele faz parte da lista seleta de oito, que ganharam a Libertadores como jogador e técnico, junto com outros quatro argentinos, dois uruguaios e o gaúcho Renato Portaluppi, único brasileiro. Muñeco (Boneco), apelido que ganhou da torcida, foi campeão como jogador em 96 e como técnico dos últimos títulos do River, em 2015 e 2018.

ARBITRAGEM – River x Palmeiras, no primeiro estádio de cimento construído na América do Sul, em 1928, será apitado por Leodan Gonzalez, de 37 anos, o mais jovem da Associação Uruguaia de Futebol, onde iniciou em 2011. Árbitro FIFA desde 2016, participou em 2019 da Copa América no Brasil e do Mundial sub-20 na Polônia. Bom lembrar: o estádio Libertadores da América é do Independiente, recordista de títulos (7) da Libertadores, bicampeão 64-65, único tetra – 72-73-74-75 -, e o último em 1984.

AMANHÃ (6), o primeiro jogo da outra semifinal: Boca Juniors x Santos, no estádio da Bombonera, em Buenos Aires. O Santos venceu o Boca na final de 63, quando se tornou o primeiro brasileiro bicampeão da Libertadores (62-63), e o Boca venceu o Santos na final de 2003. Temos mais a contar sobre esse confronto histórico de nove títulos: seis do Boca – 77-78, 2000-2001, 2003, 2007 – e três do Santos (1962-1963 e 2011), recordista brasileiro, junto com São Paulo e Grêmio.

Foto: Gazeta Esportiva