Com a vitória por 2 x 0 sobre o Rentistas, na noite de ontem (29), no Morumbi, o São Paulo manteve 100% de aproveitamento nas duas primeiras rodadas da fase de grupos da Libertadores, tal qual Flamengo e Palmeiras, mas como único ainda sem sofrer gol. Os três venceram como mandantes, depois de bem-sucedidos na estreia como visitantes, embora Flamengo e Palmeiras tenham passado sufoco para ganhar do Velez e do Universitário, enquanto o São Paulo venceu fácil o Cristal.
MAIS GOLS – Apesar do primeiro 0 x 0 – Cerro Porteño (Paraguai) x La Guaira (Venezuela) -, a segunda rodada teve mais 13 gols que a primeira (54 a 41), compensada pelos 4 x 4 entre Nacional (Uruguai) e Nacional (Colômbia). Só não fizeram gol nas duas primeiras rodadas, Santos, que perdeu as duas por 2 x 0, para o Barcelona, na Vila Belmiro, e para o Boca, na Argentina; The Strongest, que já não assusta nem mesmo na altitude da Bolívia, e Universidad Católica (Chile), outro mero participante.
VISITANTES – O desempenho dos times visitantes caiu muito. Depois de seis vitórias na primeira rodada, só conseguiram duas na segunda, a do Fluminense sobre o Santa Fé por 2 x 1, e a do Argentinos Juniors sobre a Universidad Católica por 2 x 0. Os empates também caíram, de quatro para seis, enquanto as vitórias dos que jogaram em casa aumentaram de 4 para 12, com destaque para as goleadas de 4 x 1 do Flamengo no Calera; de 4 x 0 do Inter no Tachira, e de 5 x 0 do Palmeiras no Del Valle.
MÉDIA SOBE – Com 41 gols nos 16 jogos da primeira rodada, a média foi de 2.56 gols por jogo. Com os 54 gols da segunda rodada, a média subiu para 3.37 gols por jogo. Com os 95 gols em 32 jogos, as duas primeiras rodadas da Libertadores 2021 registram a média de 2.96 gols por jogo. Os que mais contribuem são Palmeiras, com 8 gols; Flamengo, com 7, e Barcelona, do Equador, com 6 gols, os ataques mais positivos.
EQUILÍBRIO – Dos oito grupos, o mais equilibrado é o D, em que não houve vencedor na primeira rodada – Fluminense 1 x 1 River; Junior Barranquilla 1 x 1 Santa Fé – e as duas vitórias da segunda rodada foram por 2 x 1, do Fluminense sobre o Santa Fé, e do River sobre o Junior Barranquilla. As equipes colombianas não têm apresentado bom rendimento e a tendência é que no jogo de volta, em Buenos Aires, River e Fluminense decidam quem vai às oitavas de final como primeiro do Grupo D.
DEFINIÇÕES – Ainda que não sejam decisivos, alguns confrontos da terceira rodada podem apresentar definições. No Grupo A, o líder Palmeiras, com 6 pontos, pode ampliar a vantagem, se vencer o vice-líder Defensa y Justicia, com 4 pontos, terça (4), na Argentina. No Grupo B, Internacional, Always e Olímpia estão com 3 pontos e o Inter precisa aproveitar a vantagem de jogar em casa, quarta (5), com o Olímpia, para se distanciar.
TUDO OU NADA – Santos e The Strongest jogarão seu tudo ou nada, terça (4), na Vila Belmiro, depois de duas derrotas sem fazer gol, sob pena de eliminação antecipada no Grupo C, em que Barcelona e Boca, com 6 pontos, decidirão o primeiro lugar, com alguma vantagem para o Barcelona, que jogará em casa. O Santos faz seu pior começo de Libertadores, longe da boa campanha de 2020, em que chegou à final com o Palmeiras.
JOGO IGUAL – Barcelona e Flamengo decidirão o primeiro lugar do Grupo G, terça (4), no estádio Casablanca, na cidade portuária de Guaiaquil, a maior do Equador, embora a capital seja Quito. A previsão é de jogo igual, com os times com 100% de aproveitamento, com 6 pontos. O Flamengo leva o desafio de ser o primeiro a fazer gol no Barcelona.
ATLÉTICO – Mesmo no Mineirão, o Atlético terá dificuldade para se isolar na liderança do Grupo H, no jogo de quarta (5) com o Cerro Porteño, ambos com 4 pontos. O Cerro tem saldo de 2 gols, e é um dos cinco que ainda não sofreram gol, igual ao São Paulo, Boca, Argentinos Juniors e Barcelona. A vitória aliviaria a tensão do Atlético, com saldo só de um gol.