Pouco depois de o Cruzeiro confirmar a classificação com cinco vitórias em cinco jogos e nenhum gol sofrido, o Atlético voltou a decepcionar com a eliminação na fase de grupos da Libertadores, ao perder (1 x 0) para o Nacional, do Uruguai, no Mineirão, de onde saiu vaiado e ouvindo o coro de time sem vergonha, na noite desta terça (23). Enquanto Cerro Porteño e Nacional se classificaram com 12 pontos, o Atlético só conseguiu 3 da única vitória sobre o lanterna Zamora, da Venezuela.

O Atlético Mineiro completa seis anos sem ganhar a Libertadores, depois da única que conseguiu em 2013, enquanto o Cruzeiro, campeão em 1976 e 1997, alarga o caminho a cada jogo para conquistar, pela terceira vez, o maior torneio de clubes do continente sul-americano. Bom lembrar: em 76, quando ganhou a primeira Libertadores, o Cruzeiro foi vice-campeão mundial de clubes, decidindo com o Bayern, campeão europeu (2 x 0 em Munique e 0 x 0 no Mineirão).

GOL NO FIM – Foi do volante Felipe Carballo, de 22 anos, 1,77m, nascido em Montevidéu e lançado há quatro meses no time, o gol da noite no Mineirão. Por sinal, em grande estilo e com muita categoria. Depois do lançamento do zagueiro Matias Zunino, de 28 anos, Carballo amorteceu a bola no peito e encobriu o goleiro Victor, que ficou sem chance de defesa, aos 42 do segundo tempo.

VERGONHA – Três dias depois de perder a decisão do Campeonato Mineiro para o Cruzeiro, o Atlético encerrou de forma vergonhosa a campanha na Libertadores, desfechos que poderão ter consequência bem pior no Campeonato Brasileiro, com estreia em Belo Horizonte com o Avaí, campeão catarinense. Depois da demissão de Levir Culpi, o time foi entregue ao assistente Rodrigo Santana, que também decepcionou.

OS ELIMINADOS – Victor, Guga, Leonardo Silva, Iago Maidana e Fabio Santos; Adilson (Terans, 24 do segundo tempo), Elias e Luan; Chará, Ricardo Oliveira (Alerrando, 36 do segundo tempo) e Maicon Bolt (Vinícius, 13 do segundo tempo). Boa atuação do árbitro argentino Fernando Rapallini, que mostrou seis cartões amarelos: Elias, Victor e Leonardo Silva, e Cardacio, Zunino e Rivero.

Foto: EFE/Yuri Edmundo