Foto: Site oficial do Atlético Paranaense
O Clube Atlético Paranaense não só ganhou o primeiro título internacional de sua história, com a conquista da Copa Sul-Americana ao vencer o Júnior Barranquilla, da Colômbia (4 x 3 nos pênaltis), como também evitou que o futebol brasileiro terminasse 2018 sem conquista, depois de ficar fora das finais da Copa do Mundo e da Libertadores. Foi também a noite do recorde de público da história da belíssima Arena da Baixada, em Curitiba, com 40.263 torcedores. R$2.084.560,00.
O título inédito da Copa Sul-Americana, que renderá ao clube o prêmio especial de 25 milhões de reais, garantiu também ao Atlético Paranaense a vaga direta na fase de grupos da Libertadores e a decisão da Recopa com o River Plate, campeão da Libertadores pela quarta vez em 2018.
QUILÍBRIO – O resultado de 1 x 1 do primeiro jogo em Barranquilla foi repetido na noite de ontem (12), em Curitiba, deixando bem claro o equilíbrio da decisão da Copa Sul-Americana 2018. Pablo marcou o gol do Atlético Paranaense aos 25 do primeiro tempo e Téo Gutierrez fez o gol do Júnior aos 13 do segundo tempo. Sem gol na prorrogação de 30 minutos, os times tiveram que decidir na cobrança dos tiros livres da marca do pênalti.
CANHOTOS FORA – Dos 10 pênaltis batidos, três foram perdidos por cobradores canhotos: Fuentes acertou a trave esquerda, o meia Raphael Veiga chutou no alto à direita e o lateral-esquerdo Renan Lodi, que antes da cobrança beijou a bola, porque se convertesse, seria campeão, chutou à esquerda do gol.
OS QUATRO – O lateral-direito Jonathan foi o primeiro do Atlético Paranaense a cobrar e converteu de pé direito, empatando, após o apoiador Narvaez ter convertido a primeira cobrança do Júnior. Com 2 x 2, Bergson desempatou na terceira cobrança do Atlético Paranaense, e na sequência o artilheiro Téo Rodriguez isolou a cobrança. O último do Júnior a converter foi o goleiro uruguaio Viera, capitão do time, batendo rasteiro no canto direito.
O CAPITÃO – A cobrança que decidiu o título foi a do zagueiro Tiago Heleno, capitão do Atlético Paranaense, que partiu da meia-lua da área e bateu forte de pé direito, à meia altura, do lado esquerdo do goleiro Viera. Ele tirou a camisa 4, jogando-a para os torcedores.
O TÉCNICO – Depois de abraçar e apertar a mão do uruguaio Julio Comensaña, técnico do Júnior, Tiago Nunes foi ao pódio receber a medalha, beijando-a com emoção. Ele começou dirigindo o time sub-23 em 2017 e em 27 de junho de 2018 assumiu a equipe principal. Tiago Nunes é gaúcho de Santa Maria e tem 38 anos.
A BOLA – O goleiro Santos ficou com a bola do jogo, que colocou por baixo da camisa: “Vou guardá-la com muito carinho porque representa o primeiro título internacional de muitos que pretendo conquistar na carreira”. Santos é paraibano de Campina Grande, 28 anos, 1,88m e completou esta noite 115 jogos desde 2010 quando chegou ao Atlético Paranaense.
O MILAGRE – O atacante Pablo, artilheiro do time, recordou com emoção: “Ano passado, quase perdi meu pai, que estava muito doente. Hoje ele está no estádio, alegre e feliz, vendo a festa do Atlético campeão. Só posso agradecer muito a Deus”.
A TENSÃO – Foi muito intensa a que viveram os torcedores na noite de ontem (12), na Arena da Baixada. No segundo tempo da prorrogação, antes da cobrança do pênalti, que o meia Barrera perdeu, muitos não quiseram ver a cobrança; outros ficaram rezando e chorando.
OS CAMPEÕES – Santos, Jonathan, Tiago Heleno, Léo Pereira e Renan Lodi; Bruno Guimarães, Lucho Gonzalez (Wellington, 28 do segundo tempo) e Raphael Veiga; Nikão (Marcinho, aos 9 do primeiro tempo da prorrogação), Pablo (Bergson, aos 9 do primeiro tempo da prorrogação) e Marcelo Cirino (Rony, no intervalo) – os campeões da Copa Sul-Americana 2018.
CORRETA – É a palavra que se ajusta bem à arbitragem do chileno Roberto Tobar. Usou o cartão amarelo com muita precisão e aplicou a lei da vantagem com acerto. Marcou bem o pênalti do goleiro Santos no atacante Téo Gutierrez, aos quatro minutos do segundo tempo da prorrogação, sem que nenhum jogador do Atlético Paranaense tomasse a iniciativa de reclamar. Foi o nono dos últimos dez pênaltis perdidos pelo Júnior de Barranquilla.