A marca histórica de seis títulos em uma temporada, que o Barcelona conseguiu em 2008-2009, sob o comando de Pep Guardiola, pode ser igualada em 2019-2020 pelo Bayern Munique, na final de depois de amanhã (11) do Mundial de clubes com o Tigres do México, no Estádio da Educação, em Doha, capital do Catar e da Copa do Mundo de 2022. Campeão alemão, da Copa da Alemanha, da Supercopa da Alemanha, da Liga dos Campeões e da Supercopa da Europa, só falta o Mundial de clubes.

SEIS DO BARÇA – Guardiola foi técnico do Barcelona em 247 jogos, com 179 vitórias, entre 2008 e 2012, e ganhou em 2008-2009 o Campeonato Espanhol, Copa do Rei, Liga dos Campeões, Supercopa da Europa, Supercopa da Espanha e o Mundial de clubes, que foi também o primeiro dos seis títulos que ganhou no Bayern Munique, entre 2013 e 2016, com 121 vitórias em 161 jogos. O técnico do Manchester City, hoje aos 50 anos, tinha 38 quando conquistou os seis títulos em uma única temporada.

BRASILEIROS – O Bayern volta à final após o único título que ganhou em 2013, sobre o Raja Casablanca, do Marrocos, por 2 x 0, gols dos brasileiros Dante, zagueiro, e Thiago Alcântara, meia, no estádio de Marrakech, em jogo apitado pelo brasileiro Sandro Meira Ricci, no primeiro Mundial de clubes na África. O Atlético Mineiro ficou com o terceiro lugar, ao vencer (3 x 2) o Guangzhou, da China, com gols de Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho e Luan, e Muriqui e Conca para o time chinês.

MULTICAMPEÃO – O prestígio de “Tuca” Ferreti aumentou ainda mais, por ser o primeiro técnico a levar um time do México à decisão do Mundial de clubes, e ele revela toda o otimismo: “O Bayern é poderoso, mas confio na força do Tigres. É jogo igual e tudo pode acontecer” – resume o treinador brasileiro, nove vezes campeão mexicano e campeão dos campeões da Liga da Concacaf. O título inédito do Mundial de clubes seria o presente antecipado de 67 anos, que “Tuca” Ferreti vai completar dia 22.

BOAS LIÇÕES – O ex-meia Hans-Dieter Flick, de 55 anos, tetracampeão alemão no Bayern, com 128 jogos e 8 gols, entre 84 e 90, é o técnico 2019-2020, com os títulos de campeão nacional, das Supercopas da Alemanha e da Uefa, e único a ganhar invicto a Liga dos Campeões da Europa com 100% de aproveitamento. Discreto e frio na análise, Flick resumiu: “Vi os mexicanos fazerem bom jogo e merecerem a vitória sobre os brasileiros. Por ser único, é um jogo ainda mais difícil e teremos mais atenção”.

O QUE FALTA – Pela primeira vez ganhador da Bola de ouro, como artilheiro e melhor jogador da Europa em 2019-2020, o polonês Robert Lewandowski, autor dos gols nos 2 x 0 de ontem (8) no Al Ahly, é a estrela do Bayern desde julho de 2014, quando saiu de graça do Borussia Dortmund, após quatro temporadas. Com 277 gols em 317 jogos, foi o primeiro estrangeiro a fazer gol em 11 jogos consecutivos, a marcar 30 gols e a ser artilheiro do campeonato, da Copa da Alemanha e da Liga dos Campeões na mesma temporada. Só lhe falta o título mundial de clubes.

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