SE NÃO HOUVER vencedor na próxima 5ª feira (5), no Allianz Parque, em São Paulo, Palmeiras e Boca terão que decidir a vaga nos pênaltis, depois do 0 x 0 da noite de ontem (28), diante de 55 mil torcedores, no estádio da Bombonera, em Buenos Aires. O mesmo acontecerá na véspera, na Arena Beira Rio, em Porto Alegre, onde Internacional e Fluminense precisarão vencer para evitar os pênaltis, após 2 x 2, diante de 67 mil torcedores no Maracanã.

OS RESULTADOS dos jogos de ida, apenas confirmaram o equilíbrio técnico dos semifinalistas, que precisarão ser mais objetivos nas finalizações, sobretudo Boca e Palmeiras, que criaram menos chances de gol que Fluminense e Internacional. O Boca teve mais duas chances que o Palmeiras, que viu o goleiro Weverton se sair muito bem, quando mais forte foi a pressão, em um jogo de muita intensidade.

O PALMEIRAS mostrou-se firme na marcação e contou com atuação destacada nos desarmes dos zagueiros Murilo e Gustavo Gomez, além de outro bom desempenho dos alas Marcos Rocha e Piquerez, do volante Zé Rafael e do meia Raphael Veiga. Mayke e Artur criaram oportunidades, mas Rony esteve sempre bem marcado pelos zagueiros Rojo e Figal. O Boca completou o quinto jogo sem vitória no mata-mata, desde as oitavas e as quartas de final.

BOCA 0 x 0 PALMEIRAS teve atuação correta do árbitro Wilmar Roldan, colombiano de 43 anos, em sua 15ª temporada na Fifa. Ele anulou bem o gol de Miguel Merentiel, atacante uruguaio de 27 anos, emprestado ao Boca pelo Palmeiras, que autorizou a escalação, porque na origem do lance o lateral Frank Fabra empurrou o lateral Marcos Rocha pelas costas. Roldan advertiu com cartão amarelo Advíncula e Benedetto, e Zé Rafael e o técnico Abel Ferreira.

BOCA – Sergio Romero, Advíncula, Figal (c), Rojo e Fabra; Pol Fernandez (Campuzano), Equi Fernandez (Zeballos), Medina e Barco (Janson); Merentiel (Benedetto) e Cavani. O técnico Jorge Almirón, ex-meia de 52 anos, foi muito vaiado ao substituir Valentin Barco por Lucas Janson. O Boca volta à Bombonera para o superclássico com o River, pela 7ª rodada do Campeonato Argentino, domingo (1). O Boca é 4º do Grupo A e o River, 9º do Grupo.

PALMEIRAS – Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gomez (c), Murilo e Piquerez; Zé Rafael (Fabinho), Gabriel Menino (Richard Rios) e Raphael Veiga; Mayke (Breno Lopes), Rony (Endrick) e Artur (Luis Guilherme. O vice-líder Palmeiras, com 44 pontos, visita o Bragantino, 4º com 42, domingo (1), no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, a 90 km da capital, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A HERANÇA GENOVESA encontra-se nos times mais populares da Argentina. Os torcedores do Boca são conhecidos como xeneizes, expressão derivada do zeneize, que quer dizer genovês no dialeto italiano da região da Ligúria, no Noroeste do país, e o branco e vermelho do River são as cores da bandeira de Gênova, cidade portuária, belíssima como todas as cidades da Itália.

O BOCA USOU no 0 x 0 com o Palmeiras uma nova camisa, com azul mais forte, e a faixa horizontal amarela mais larga, aparecendo, com xeneize pouco abaixo da gola e o nome do jogador em letras brancas. Os fundadores do Boca, em 3 de abril de 1905, escolheram o nome do clube porque a sede era em La Boca, bairro operário de Buenos Aires, e as cores da camisa seriam as da bandeira do primeiro navio que atracasse; foi o Drottning Sophia, nome da rainha sueca, com a bandeira azul e amarela do país, que chegou ao porto da capital argentina às 10 e meia da manhã daquela 2ª feira.

Foto: CNN Brasil