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O Botafogo anunciou no primeiro dia útil de maio a demissão de funcionários, sem revelar quantos, em nota do Conselho Diretor, divulgada na tarde de ontem (4), para tentar manter os compromissos do clube, que não viu outra alternativa. O número estimado é de 45 demitidos e pode aumentar nos próximos dias, até que a situação volte a se estabilizar.

QUEDA BRUSCA – Uma equipe de analistas foi constituída para avaliar a situação, antes mesmo da pandemia do novo coronavírus. O panorama estava sendo monitorado desde novembro, quando a perda da receita aumentou. Agora, com a Covid-19, a queda se tornou ainda mais brusca e o cenário ficou mais pessimista para os meses restantes do ano.

NOVOS CORTES – Um dirigente, que pediu o anonimato, disse que “o Botafogo se sente em situação muito constrangedora por ser obrigado a demitir”. Ele próprio admitiu que “o clube pode utilizar a Medida Provisória do governo, que permite cortes salariais”. A mesma fonte salientou que “a situação se agravou agora, mas estava preocupando há muito tempo”.

DÍVIDA ALTA – Sem revelar números, o Botafogo diz que “a dívida é alta”. O clube deve 80% dos salários de fevereiro, março e abril, além das férias, que tiveram que ser antecipadas para abril, devido ao problema da epidemia que parou o futebol. A preocupação do Botafogo é de fazer uma revisão de controle e de renegociar com os fornecedores.

SEGURANÇA – Quanto ao futebol, o clube está unido em torno da decisão de só colocar o time em campo, para treinar e jogar, quando as autoridades sanitárias garantirem total segurança. Carlos Augusto Montenegro, presidente do Conselho Gestor, e o técnico Paulo Autuori repetem: “Nenhuma figura do futebol do Botafogo será exposta”.

Foto: Fogonet