O Botafogo só precisa ganhar de 1 x 0 do Bahia no jogo de volta, dia 3 de outubro, no Rio, para avançar às quartas de final da Copa Sul-Americana, depois de perder (2 x 1) na noite de ontem (20), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O Bahia se classifica com o empate no estádio Nilton Santos. A exemplo do que aconteceu nos jogos com o Audax do Chile e o Nacional do Paraguai, nas fases anteriores, o Botafogo voltou a perder o jogo de ida.
QUARTO GOLEIRO – Sem Gatito e Jefferson, ainda em recuperação, o técnico Zé Ricardo decidiu escalar o quarto goleiro, Diego, que só havia sido titular na vitória (2 x 0) sobre o Sport, dia 26 de agosto, na vigésima primeira rodada. Diego entrou no lugar de Saulo, que participou dos últimos jogos, e falhou no gol da vitória do Bahia, aos 14 do segundo tempo, marcado por Vinícius, após escanteio em que acabou colocando a bola para dentro do próprio gol.
QUATRO MINUTOS – Foi o tempo do primeiro gol, que Ramires marcou para o Bahia, após cruzamento pelo alto de Nino, aproveitando a rebatida do zagueiro Igor Rabelo. Foi o primeiro gol de Ramires, no primeiro ataque do Bahia, com chute forte de primeira no alto, sem chance para o goleiro Diego. O Botafogo teve que fazer a primeira substituição aos 17, com Luis Fernando entrando no lugar do chileno Valencia, que saiu saiu dores musculares.
GOLEIRO GARANTIU – Na volta do intervalo o Bahia fez 2 x 0, gol de Vinícius aos 14, no lance em que o goleiro Diego falhou após o escanteio de Léo da esquerda. Dois minutos depois, Pimpão aproveitou a rebatida do goleiro Douglas e fez o gol do Botafogo aos 16. O time cresceu e passou a dominar ainda mais quando o lateral Léo foi (bem) expulso pelo árbitro chileno Piero Maza, depois de atingir com a mão direita o rosto de Luis Fernando, que sangrou muito.
O Botafogo pressionou pelo empate, mas parou em excelentes defesas do goleiro gaúcho Douglas, 29 anos, 1,94m, que garantiu os 2 x 1 até o fim dos acréscimos de seis minutos. Pimpão saiu com cansaço muscular aos 40, entrando Marcinho, sem tempo para acrescentar à reação. Assim, o Bahia fará o jogo de volta, dia 3 de outubro, no estádio Nilton Santos, com a vantagem do empate para se classificar às quartas de final da Copa Sul-Americana.
PRÓXIMO ADVERSÁRIO – Bahia ou Botafogo disputará as quartas de final, provavelmente com o Atlético Paranaense, que abriu boa vantagem sobre o Caracas, ao vencer (2 x 0, gols de Rafael Veiga) o jogo de ida, na quarta (19), na Venezuela, e poderá perder por um gol, dia 3 de outubro, na Arena da Baixada, em Curitiba.
MINUTO DE SILÊNCIO – A homenagem ao ex-goleiro Gilson foi com o minuto de silêncio observado na Fonte Nova. Ele encerrou a carreira no Bahia, em 55-56, depois de estrear no Botafogo, em 5/11/50, em Figueira de Melo, com 2 x 0, gols de Ariosto, sobre o São Cristóvão. A primeira formação em que atuou, no 2-3-5 da época, foi Gilson, Basso e Araty; Rubinho, Ávila e Richard; Zezinho, Neca, Ariosto, Otávio e Braguinha.
GILSON MUSSI formou-se em Direito pela então Universidade do Distrito Federal, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e fez 105 jogos pelo Botafogo. Gostava de recordar que a melhor equipe de que participou por muitos e muitos jogos foi completa por Gilson, Gerson e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Garrincha, Dino, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Os atacantes Dino da Costa e Vinícius foram para a Itália depois da primeira grande excursão do Botafogo à Europa, em 1955. Gilson era capixaba de Castelo e morreu aos 88 anos.
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