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Na festa dos melhores do futebol mundial, na noite desta última segunda (24) de setembro, diante de 2.500 convidados especiais no Teatro Apollo Victoria, em Londres, Marta – atacante brasileira, 32 anos, do Orlando Pride, da Liga dos Estados Unidos, depois de 14 anos na Europa -, recebeu pela sexta vez o prêmio de melhor do mundo, que disputou com a alemã Dzsenifer Marozsan, 26 anos, e a norueguesa Ada Hegerberg, 23 anos, ambas do Lyon, campeão francês.
ARTILHEIRA – Marta é a maior artilheira da seleção brasileira, feminina e masculina, com 117 gols, e das Copas do Mundo com 15 gols. Depois de oito anos ela voltou a receber o prêmio, ganho cinco vezes consecutivas, o último em 2010. Após o início no juvenil do CSA de Maceió, tornou-se profissional aos 14 anos, em 2000, no Vasco (16 jogos, 4 gols), e depois no Santa Cruz, de Minas Gerais, de onde saiu em 2004 para o Umea IK, da Suécia, até 2009, com 111 gols em 103 jogos.
OURO E PRATA – Marta ganhou as medalhas de prata com a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 2004 em Atenas e 2008 em Pequim, e as medalhas de ouro nos Pan-Americanos de 2003 em Santo Domingo e em 2016 no Rio. Bicampeã da Liga americana em 2010 pelo Gold Pride e em 2011 pelo Western New York Flash. Campeã sueca em 2012 pelo Tyreso FF e em 2014 pelo FC Rosengard. Desde 7 de abril de 2017 voltou aos Estados Unidos para jogar pelo Orlando Pride.
DOIS RIACHOS – Marta Vieira da Silva, 32 anos, nasceu em 19 de fevereiro de 1986, em Dois Riachos, que passou a ser município em 8 de julho de 1960, ao ser desmembrado de Major Isidro, a 245 km de Maceió, capital do estado de Alagoas. Os principais pontos turisticos são a Pedra do Padre Cicero, a Feira do Gado e as festas anuais dos padroeiros São Sebastião e Nossa Senhora da Saúde. Marta é uma das grandes benfeitoras de Dois Riachos.
SEM PALAVRAS – Depois de receber o prêmio das mãos do ex-lateral Roberto Carlos – campeão do mundo em 2002, com 12 gols em 125 pela seleção, de 92 a 2006, e considerado o melhor da posição no Real Madrid, 527 jogos, 70 gols, de 96 a 2007 -, Marta, muito emocionada, disse não ter palavras para agradecer: “Estou feliz e não sei mais o que dizer” – resumiu, ao ser, entre os premiados, das mais aplaudidas da festa no teatro londrino.
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MELHOR TÉCNICO – No futebol feminino, o técnico premiado foi o francês Reynald Pedros, 46 anos, ex-meia, campeão europeu com o Lyon ao vencer o Wolfsburg (Alemanha) na decisão. Ele foi muito mais votado que as duas concorrentes: a holandesa Sarina Wiegman, campeã da Europa em 2017 com a seleção da Holanda, e Asako Takakura, que desde 2016 dirige a seleção do Japão. Reynald Pedros é descendente de portugueses.
CAMPEÃO DO MUNDO – Didier Deschamps, 49 anos, recebeu do também francês Arsène Wenger, ex-técnico do Arsenal de Londres, a estatueta de melhor técnico 2018-2019. Meia campeão do mundo em 1998, com 17 gols em 427 jogos pela seleção, tornou-se o terceiro da história, depois de Zagallo e Beckenbauer, a ganhar a Copa como jogador e técnico, em 2018. Foi mais votado que Zidane e o croata Zlatko Dalic, vice-campeão do mundo em 2018.
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CRAQUE DO ANO – Luka Modric, 33 anos, 115 jogos, 14 gols desde 2006 pela seleção da Croácia, foi o capitão vice-campeão e melhor jogador da Copa de 2018. Iniciou aos 16 anos no Dínamo de Zagreb, jogou de 2008 a 2012 no Tottenham de Londres – 159 jogos, 17 gols – e está no Real Madrid desde 2012, com 13 gols em 265 jogos, quatro vezes campeão dos últimos títulos da Liga dos Campeões da Europa. Meio-campo de técnica refinada.
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CRAQUE JOVEM – O francês Kylian Mbappé, 19 anos, do PSG, melhor jogador jovem da Copa 2018, recebeu o prêmio de Craque Jovem da FIFA 2017-2018. Disse ter ficado muito honrado por ser citado entre outros jovens que se destacaram, entre eles o meia uruguaio Betancur, o atacante russo Golovin, o goleiro inglês Jordan Pickford e o lateral francês Benjamin Pavard, autor do gol mais bonito da Copa da Rússia.
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MELHOR GOLEIRO – Thibaut Courtois, 26 anos, 1,99m, do Real Madrid desde agosto e titular da seleção da Bélgica, que eliminou o Brasil na Copa de 2018, superou até mesmo o goleiro francês Hugo Lloris, 31 anos, 1,88m, do Tottenham de Londres e campeão do mundo em 2018. O terceiro mais votado foi Kasper Schmeichel, 31 anos, 1,90m, da Dinamarca. Courtois recebeu o prêmio de Jackson Follmann, ex-goleiro, sobrevivente do desastre aéreo da Chapecoense.
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PRÊMIO PUSKAS – Criado pela FIFA para homenagear um dos maiores artilheiros da história, o húngaro Ferenc Puskas – 1/4/1927 – 17/11/2006 -, o prêmio foi ganho pelo egípcio Mohamed Salah, do Liverpool, artilheiro da Premier League com 32 gols. Puskas marcou 621 gols em 629 jogos na carreira, destacando-se de 1943 a 1956 no Honved (Hungria), com 379 gols em 367 jogos, e de 1958 a 1966, com 242 gols em 262 jogos no Real Madrid, que lhe concedeu o título de Presidente de Honra, mais um ano antes de sua morte.
A SELEÇÃO – Anunciado como um dos maiores jogadores de todos os tempos e muito aplaudido ao subir o palco do Teatro Apollo Victoria, em Londres, na noite desta segunda (24), Ronaldinho Gaúcho fez a entrega dos prêmios aos mais votados da seleção dos melhores de 2017-2018. Ele estava usando uma espécie de turbante branco e sempre sorrindo. Campeão do mundo em 2002, marcou 34 gols em 100 jogos pela seleção, e 301 em 788 na carreira, de 98 a 2015.
BRASILEIROS – Entre os onze da seleção dos melhores de 2017-2018, os laterais brasileiros Daniel Alves, em recuperação no PSG, e Marcelo, titular do Real Madrid, que teve também entre os mais votados os zagueiros Varane e Sergio Ramos. A seleção: De Gea, Daniel Alves, Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Modric, Kanté, Hazard e Messi; Mbappé e Cristiano Ronaldo. O prêmio a Messi será entregue por Ronaldinho Gaúcho, que brincou: “Fiquem tranquilos. Ele vai receber”…
ESTRANHEZA – Entre os participantes do evento, não deixou de ser recebida com estranheza a ausência, na seleção, do goleiro belga Courtois e do meia-atacante egípcio Salah, que não demonstrava se sentir muito à vontade na festa. O meia belga Eden Hazard, um dos astros do Chelsea, de Londres, falou em nome dos demais premiados da seleção: “Estamos felizes e orgulhosos” – disse, em inglês.
PRESIDENTE – A entrega do prêmio de melhor do mundo ao croata Luka Modric foi feita por Gianni Infantino, desde 26 de fevereiro de 2016 presidente da FIFA. Depois de abrir o envelope, leu o nome do melhor: Luka Modric. O presidente da FIFA tem 48 anos, filho de pai italiano e mãe suiça, casado com libanesa e pai de quatro filhos. Ele só fala seis idiomas: italiano, francês, inglês, alemão, espanhol e árabe.
AUSENTES – Ganhadores dos dez últimos prêmios, desde 2008 – antes deles o último foi Kaká, do Milan, em 2007 -, Messi e Cristiano Ronaldo não compareceram à festa. O Barcelona e a Juventus justificaram a ausência com os jogos que disputarão no meio da semana pelos seus campeonatos nacionais. Mas, com bom humor, ressaltaram que “vão continuar se empenhando muito para voltar a concorrer ao prêmio na atual temporada de 2018-2019”.