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Terceira colocada no Grupo C, com duas vitórias e uma derrota, a seleção brasileira inicia domingo (23) o mata-mata das oitavas de final da Copa do Mundo feminina com a França, primeira do Grupo A com 100% de aproveitamento, nas vitórias sobre a Coreia do Sul (4 x 0), Noruega (2 x 1) e Nigéria (1 x 0). O Brasil venceu a Jamaica (3 x 0) e a Itália (1 x 0), e perdeu (3 x 2, de virada) para a Austrália. Os 33 mil ingressos, capacidade máxima do Stade Océane, em Le Havre, estão esgotados.

PRIMEIRO TÍTULO – A Copa do Mundo feminina está sendo disputada pela oitava vez e desde a primeira, em 1991, as seleções do Brasil e da França ainda não conseguiram o título. A melhor colocação do Brasil foi o vice, em 2007, quando perdeu (2 x 0) a decisão com a Alemanha, campeã também em 2003 e vice em 95. A seleção dos Estados Unidos é a maior ganhadora, com os títulos da primeira Copa, em 1991, realizada na China; a que promoveu em 1999, e a última, em 2015, no Canadá.

TERCEIRO JOGO – França e Brasil estarão se enfrentando pela terceira vez. No único jogo em Copa do Mundo, 1 x 1, em 27 de setembro de 2003, no estádio Robert Kennedy, em Washington. Catia Cilene fez 1 x 0 aos 13 do segundo tempo e a França só empatou nos acréscimos com o gol de Pichon aos 47, sendo eliminada. O Brasil ficou em primeiro no Grupo C, mas foi eliminado no jogo seguinte pela Suécia (2 x 1). O segundo França x Brasil foi o amistoso em 2018, em Nice, onde a França venceu (3 x 1).

RETORNO – O técnico paulista Oswaldo Alvarez (Vadão) terá o retorno da meia Formiga, de 41 anos, disputando sua última Copa, após cumprir suspensão pelo segundo cartão amarelo, e de ficar fora da vitória (1 x 0) sobre a Itália, por torcer o tornozelo na virada (3 x 2) que o Brasil levou da Austrália. A seleção brasileira ficou em nono lugar entre as dezoito que se classificaram para as oitavas de final, que serão iniciadas amanhã (22) com Alemanha x Nigéria, em Grenoble, e Noruega x Austrália, em Nice.

TERMINA TERÇA – Além de França x Brasil, o outro jogo de domingo (23) será Inglaterra x Camarões, na cidade de Valenciennes. Segunda (24), Espanha e Estados Unidos se enfrentarão em Reims, e Suécia e Camarões jogarão em Paris. As oitavas de final terminarão terça (25) com Itália x China, em Montpellier, e Holanda x Japão, em Rennes. O Japão é a única seleção da Ásia campeã do mundo, ao vencer a decisão de 2011, na Alemanha, com os Estados Unidos (3 x 1 nos pênaltis, após 2 x 2).

SEGUNDA COM 24 – Depois de cinco Copas com 16 seleções, de 1995 a 2011, a oitava Copa do Mundo é a segunda com 24. A primeira foi em 2015, no Canadá, onde os Estados Unidos se vingaram da derrota para o Japão na Copa anterior, e ganharam seu terceiro título com uma sonora goleada de 5 x 2. Bom dizer: a Copa do Mundo feminina nasceu da ideia dos delegados da Fifa, em 1986, na segunda Copa do Mundo masculina realizada no México e ganha pela Argentina (3 x 2) na final com a Alemanha.

FEITOS HISTÓRICOS – A oitava Copa do Mundo feminina em 2019 registrou dois recordes históricos: a maior goleada – 13 x 0 -, dos Estados Unidos sobre a Tailândia, e o da atacante alagoana Marta, com o gol de pênalti na vitória (1 x 0) sobre a Itália, a maior artilheira das Copas, masculina e feminina, com 17 gols, superando o alemão Miroslav Klose (16), que em 2014, no Brasil, ultrapassou Ronaldo Fenômeno (15). Marta ultrapassou a alemã Birgit Prinz e a americana Abby Wambach, que haviam feito 14 gols.

CHUTEIRA DE OURO – Marta foi a primeira (e única) brasileira a ganhar a Chuteira de Ouro como artilheira da Copa do Mundo, com sete gols, em 2007, na China, onde disputou a única final e perdeu (2 x 0) para a Alemanha. Foi a quinta a ser premiada com a Chuteira de Ouro, bem antes de ser eleita pela Fifa seis vezes Melhor Jogadora do Mundo, recorde entre homens e mulheres na história do futebol. A primeira a ganhar a Chuteira de Ouro foi a americana Carin Jennings, que marcou 10 gols na Copa de 1991 na China.

MÉDIA MAIS ALTA – Impulsionada pelos 13 x 0 na Tailândia, a seleção dos Estados Unidos teve a média mais alta de gols da fase de grupos da Copa do Mundo feminina na França: 6 gols, com os 18 que marcou nos três jogos. Ao todo, em 36 jogos, foram marcados 105 gols, média de 2.91 gols por jogo. Bom frisar: o último das americanas, na vitória (2 x 0) da noite de ontem (20) foi gol contra da lateral sueca Andersson. A árbitra russa Anastasia Pustovoytova registrou na súmula: “Um desvio relevante na bola”.

Foto: PHILIPPE HUGUEN / AFP