O BRASIL SOFREU A SEGUNDA DERROTA em três amistosos, após o nono lugar na Copa do Mundo de 2022, ao levar a virada do Senegal (4 x 2), primeira seleção da África a fazer quatro gols na seleção brasileira, diante de 35 mil torcedores na noite desta 3ª feira (20), no Estádio José Alvalade, do Sporting de Lisboa, 19 vezes campeão português. Paquetá fez 1 x 0 de cabeça aos 11, e Diallo empatou aos 22 minutos, com belo chute de canhota do meio da área.
NA VOLTA DO INTERVALO, Senegal fez 2 x 1 aos 7 minutos, gol contra do zagueiro e capitão Marquinhos, desviando na pequena área a cabeçada do ponta Saar, após cruzamento de Sadio Mané, que aos 10 minutos marcou o 3º gol, primoroso, de pé direito, no ângulo esquerdo. Marquinhos se recuperou aos 10 minutos ao fazer o 2º gol, mas Senegal consolidou a vitória aos 50 minutos, com o 2º gol de Mané, convertendo pênalti do goleiro Ederson em Jackson.
A SELEÇÃO BRASILEIRA NÃO PERDIA por 4 x 2 há 67 anos, desde o domingo, 27 de junho de 1954, no Estádio Wankdorf, de Berna, capital da Suíça, quando foi eliminada da 5ª Copa do Mundo pela Hungria, e desde a 4ª feira, 9 de maio de 1956, no amistoso com a Inglaterra, no então Estádio Imperial de Wembley. Desde 2019 o Brasil não sofria gol em seis jogos consecutivos, nem quatro gols em um jogo, desde o 7 x 1 da Alemanha na Copa do Mundo de 2014.
EM TOM DEBOCHADO, a Confederação Africana de Futebol perguntou em suas redes sociais: “O que Camarões, Marrocos e Senegal têm em comum”? E continuou, em tom irônico, no parágrafo seguinte: “Todas venceram o Brasil nos últimos meses”. Dezembro de 2022, Camarões 1 x 0 Brasil, primeira derrota para uma seleção da África em Copa do Mundo. Março de 2023, em amistoso, Marrocos 2 x 1 Brasil. Junho de 2023, em amistoso, Senegal 4 x 2 Brasil.
A PRIMEIRA SELEÇÃO BRASILEIRA a sofrer quatro gols de uma seleção africana: Ederson, Danilo, Militão, Marquinhos (c) e Ayrton Lucas (Alex Telles); Bruno Guimarães, Joelinton (Raphael Veiga) e Paquetá (André); Malcom (Rony), Richarlison (Pedro) e Vinicius Jr. Técnico interino, Ramon Menezes. Os próximos jogos serão em setembro, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, com a Bolívia, na altitude de La Paz, e com o Peru, em Lima.
O TÉCNICO RAMON MENEZES fez as primeiras substituições aos 12 minutos do 2º tempo, com as entradas de Pedro e Rony, saindo Richarlison, outra vez muito apagado, como no amistoso anterior com a Guiné, e Malcom, muito abaixo de Rodrygo. Aos 22 minutos, Raphael Veiga entrou no lugar de Joelinton, e aos 29, Alex Telles substituiu Ayrton Lucas, ambos sem brilho, e André só entrou porque Paquetá se contundiu.
A PRIMEIRA SELEÇÃO AFRICANA a fazer quatro gols na seleção brasileira: Mory Diaw, Sabaly, Koulibaly (c), Niakhaté e Jakobs; Mendy, Idrissa Gueye (Diatta) e Ciss (Kouyaté); Diallo (Jackson), Sadio Mané e Ismaila Saar. Técnico, Aliou Cissé, ex-volante de 47 anos, disputou a Copa do Mundo de 2002, assumiu em 2019 e ganhou a Copa Africana de 2021.
NA ERA TITE, TERCEIRO TÉCNICO a comandar a seleção em duas Copas do Mundo consecutivas, depois de Zagallo (70-74) e Telê Santana (82-86), o Brasil ganhou 60, empatou 15 e perdeu 6 dos 81 jogos, três oficiais: 1 x 2 Bélgica, nas quartas de final da Copa de 2018; 0 x 1 Argentina, na final da Copa América de 2021, e 0 x 1 Camarões, na fase de grupos de 2022. As derrotas, em amistosos, por 1 x 0 em 2017 para Argentina, e em 2019 para Argentina e Peru. Com Tite, a seleção não sofreu gol em 52 dos 81 jogos e teve saldo de 144 gols (174 a 30).
BRASIL 2 x 4 SENEGAL, com 35 mil pagantes no Estádio José Alvalade, em Lisboa, teve arbitragem de Gustavo Correia, da Federação Portuguesa, que marcou 27 faltas (13 do Brasil) e advertiu com cartão amarelo Ciss, Diatta e Jackson, e Militão, Danilo e Ayrton Lucas. Aos 15 minutos, quando o Brasil vencia por 1 x 0, o árbitro marcou pênalti de Ciss em Vinicius Jr, mas foi corrigido pelo VAR.
Foto: Seneweb, CBF,