Foto: Fabiano do Amaral / CP Memória

A comissão de arbitragem da Confederação Sul-Americana de Futebol está analisando nomes para a final da Libertadores 2018 do próximo dia 24, no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, onde River Plate e Boca Juniors poderão ir aos pênaltis, após a prorrogação, caso não haja vencedor, como no primeiro jogo, que terminou 2 x 2. A ideia de árbitro argentino não encontrou eco, ainda que o nome seja o de Néstor Pitana, que apitou a final da Copa do Mundo 2018 França 4 x 2 Croácia.

O brasileiro Wilton Sampaio, 36 anos, de Teresina de Goiás, nordeste do estado e a 490 km da capital Goiânia, aparece entre os três cotados para a primeira final histórica entre dois argentinos. Ele é arbitro Fifa desde 2013 e ainda que não tenha sido selecionado para uma Copa do Mundo, desfruta de muito conceito na Conmebol, com atuações seguras na Libertadores e na Sul-Americana, além de referendado pela CBF como um dos melhores do Campeonato Brasileiro.

Outro nome forte é o do uruguaio Andrés Cunha, 42 anos, nascido na capital Montevidéu. Atuou na Copa América de 2015 e 2016, e apitou a primeira semifinal da Copa do Mundo 2018 França x Bélgica, depois de dirigir Austrália x França e Irã x Espanha. É dos árbitros que mais aplicam cartões – 935 amarelos e 62 vermelhos -, sem contemplação. Cunha não é bem lembrado pela seleção brasileira, eliminada da Copa América 2016 com o gol marcado com a mão pelo peruano Ruidiaz.

O terceiro nome cotado é do colombiano Wilmar Roldán, 36 anos, mas há certas restrições, devido a erros que cometeu. Na semifinal da Libertadores 2017, um zagueiro do Lanús deu um tapa na bola, ele não marcou pênalti e recusou-se a consultar o VAR. No segundo tempo, recorreu ao VAR para marcar um pênalti para o River. Foi descartado de Flamengo x Independiente, final da Sul-Americana de 2017, por marcar um pênalti contra o Flamengo e ignorar outro a favor, quando Lucas Paquetá foi claramente empurrado, em jogo das quartas de final.

O que impede o argentino Néstor Pitana de apitar a final River x Boca, dia 24, é que ele sempre se mostra mais inflexível nas marcações contra o River. Além disso, contraiu problema muscular após a Copa, e só apitou Corinthians x Colo Colo e Flamengo x Cruzeiro, e mais dois jogos do Campeonato Argentino. Sua qualidade técnica é reconhecida, como comprovou nos Jogos Rio 2016 e no Mundial de 2018 na Rússia.