Foto: Leonardo (esq.), Seedorf, Pirlo, príncipe Albert II, Cavani, Marcelo Lippi e Didier Deschamps

O ex-lateral-esquerdo Leonardo, que brilhou no Flamengo, São Paulo e seleção brasileira campeã do mundo em 94, foi o sétimo brasileiro a receber o prêmio Golden Foot 2018, por seu trabalho excepcional como dirigente do Milan, em festa de gala promovida por Albert II, 60 anos, príncipe soberano do principado de Mônaco, no sul da França. O evento é realizado desde 2005, quando Albert II, filho único do príncipe Rainier III, e da atriz americana Grace Kelly, sucedeu a seu pai.

Antes de Leonardo, o prêmio havia sido conferido a Pelé, Rivellino, Zico, Romário, Aldair e Dunga, considerados Lendas do Golden Foot, só destinado a jogadores com mais de 29 anos de idade e que ainda estejam em destaque. O Golden Foot 2018 foi entregue ao uruguaio Edinson Cavani (31 anos), com 177 gols em 257 jogos pelo Paris Saint Germain desde 2013. Com ele concorreram nove, entre eles o zagueiro brasileiro Tiago Silva (34 anos), seu companheiro no PSG.

BRASILEIROS – Entre os jogadores brasileiros que já receberam o prêmio Golden Foot, Ronaldo Fenômeno, em 2006, aos 30 anos, quando era do Real Madrid – 104 gols em 177 jogos -, Roberto Carlos, em 2008, aos 35 anos, quando era do turco Fenerbahçe – 10 gols, todos de falta, em 103 jogos -, e Ronaldinho Gaúcho, em 2009, aos 30 anos, quando era do Milan – 29 gols em 116 jogos -, todos exaltados por saberem manter o nível técnico até o fim da carreira.

PREMIADOS – Além de Leonardo, gerente-geral do futebol do Milan, reconhecido como um dos clubes mais organizados do mundo, mais quatro figuras receberam do príncipe Albert II, em noite de festa esplendorosa em Mônaco, o belo prêmio Golden Foot 2018: Didier Deschamps, terceiro campeão do mundo como jogador (1998) e técnico (2018), e Marcelo Lippi, técnico campeão do mundo em 2006 com a Itália.

ESPECIAIS – Entre os ex-jogadores, duas homenagens especiais: Clarence Seedorf, holandês, 42 anos, 887 jogos, 145 gols,  único vencedor da Liga dos Campeões em três clubes – Ajax, Real Madrid e Milan -, e com passagem marcante no Botafogo – 24 gols em 81 jogos -, entre 2012 e 2014, e Andrea Pirlo, italiano, 39 anos, ex-meia do Milan (401 jogos) e da Juventus (164 jogos), entre 2001 e 2015, quando completou 769 jogos na carreira, em que também atuou no Brescia, Reggina e Inter, além dos 116 jogos pela seleção italiana, entre 2002 e 2015. Seedorf e Pirlo citados como grandes exemplos.

PRIMEIRO premiado, em 2003, quando o Golden Foot foi criado, o ex-atacante Roberto Baggio, 51 anos, atuou em sete equipes italianas, com destaque pela passagem na Juventus de Turim – 341 jogos, 325 gols -, entre 90 e 95. Na final da Copa de 94 com o Brasil, ele perdeu um pênalti chutando por cima. O vencedor do prêmio de 2017 foi Iker Casillas, 37 anos, cinco vezes campeão espanhol pelo Real Madrid, que defendeu em 725 jogos, entre 98 e 2015, e desde 2015 no FC Porto, campeão português, já perto dos 200 jogos. Único goleiro espanhol campeão do mundo (2010), com 167 jogos pela seleção, entre 2005 e 2017.