Depois de se sobrepor e fazer valer a realização de Palmeiras x Flamengo, a Confederação Brasileira de Futebol ganhou o apoio irrestrito dos outros 19 clubes da Série A para que a volta do público ao futebol não seja imediata. O presidente Rogerio Caboclo voltou a dizer que “o Campeonato Brasileiro não é refém de um clube, como foi o Campeonato Carioca”, ressaltando que “não pode haver privilégio”. Os outros 19 clubes estão solidários à CBF, deixando o Flamengo muito isolado.
REVOLTA – Mesmo com a entrada do Flamengo em campo para o jogo com o Palmeiras, depois que o Tribunal Superior do Trabalho acatou o recurso da CBF e derrubou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, que havia decidido pela suspensão, a posição dos outros participantes da Série A é de revolta. Até mesmo Corinthians e Palmeiras, sempre em posições antagônicas, uniram-se e criticaram o Flamengo, “que só pensa nele e em mais nada”, como disseram os presidentes.
PUNIÇÃO – O presidente do Atlético Mineiro disse ser inaceitável a posição do Flamengo de querer liderar um campeonato de que participam mais 19 clubes, “como se fosse o dono da verdade e o único certo”. Os clubes também demonstram muito incômodo com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro, lamentando que seu presidente tenha sido grosseiro no bate boca com o presidente da CBF. Os clubes defendem que a CBF deva encontrar caminho para punir o Flamengo.
RECURSO – Outra crítica dos clubes ao Flamengo foi pela maneira como decidiu impedir a realização do jogo com o Palmeiras, usando o recurso de utilizar o Sindicato dos Empregados dos Clubes, presidido por um funcionário antigo da sua equipe de segurança. Os representantes dos 19 demais clubes participantes da Série A lamentaram que “a atitude do Flamengo tenha servido também para denegrir a imagem do futebol brasileiro no cenário internacional, com a pior repercussão possível”.
ATENTOS – Solidários à CBF e em posição frontalmente contrária ao Flamengo, que deverá continuar isolado na tentativa de conseguir a volta do público aos seus jogos, os dirigentes reafirmam que “quando o público puder voltar, com o aval das autoridades da saúde, será em condições de igualdade, nos estádios de todas as sedes e não apenas no Maracanã”.
Foto: Urubu Interativo