Carlos Roberto, entre os velhos amigos Deni Menezes e Iata Anderson, em seu belo apartamento de Ipanema, decorado com peças valiosas que trouxe da Ásia.

O BOTAFOGO TEVE JOGADORES NOTÁVEIS nos bicampeonatos cariocas que ganhou no Maracanã. No primeiro, em 61-62, Manga, Nilton Santos, Garrincha, Amarildo, e no segundo, em 67-68, ainda Manga, que dividiu os 18 jogos com Cao, Sebastião Leônidas, Roberto Miranda, Jairzinho, Gerson e seu parceiro Carlos Roberto no meio-campo de muita criatividade e desarme.

CARLOS ROBERTO era uma das peças principais que Zagallo, ponta do primeiro bicampeonato, usava bem no esquema de jogo em que ganhou seus dois primeiros títulos como técnico. Por coincidência, bom lembrar, no segundo bi, o Botafogo teve números iguais em 67 e 68: 15 vitórias, 2 empates e só uma derrota, também por coincidência, para o Vasco, ambas por 2 x 0 no campeonato de turno e returno.

O TEMPO PASSOU, E 38 ANOS DEPOIS, em 2006, Carlos Roberto voltou à história do Botafogo, como segundo jogador também campeão carioca como técnico, aplicando o que aprendeu em campo e com as lições do mestre Zagallo, que resume assim: “Sabia tudo, e mais alguma coisa. Aprendeu, e sabia ensinar”. Carlos Roberto comandou o time campeão de 2006 com 8 vitórias, 4 empates, 3 derrotas.

Carlos Roberto e o repórter fotográfico Marcelo Santos, responsável pela seleção de fotos e
publicação das matérias do Blog do Deni Menezes.

DE UMA FAMÍLIA TODA VASCAÍNA, Carlos Roberto criou paixão pelo Botafogo desde os nove anos, quando viu o time ganhar o primeiro título no Maracanã, goleaando o Fluminense por 6 x 2, maior placar da história das finais cariocas, com cinco gols de Paulo Valentim, artilheiro do campeonato com 22: “Eu só tinha nove anos, mas lembro bem e nunca vou esquecer daquele show do Botafogo”.

CARLOS ROBERTO É O 4º QUE MAIS VESTIU a camisa do Botafogo, em 442 jogos, entre 66 e 75, e se sente feliz em dividir a honra com o goleiro Manga, parceiro do bi de 67-68, e com Quarentinha, maior artilheiro do clube, com 313 gols: “Foram extraordinários” – recorda o volante que também exalta Didi, mas considera que Gerson foi melhor: “Muito bons, mas o “Papagaio” (como tratavam Gerson) era melhor”.

Carlos Roberto e a esposa Regina, com dois dos quatro gatos que trouxeram da Tailândia. No 
apartamento do casal há treze gatos superbem tratados.

AS PORTAS DA ÁSIA SE ABRIRAM para Carlos Roberto, que dirigiu várias equipes e a seleção da Tailândia: “Era um futebol incipiente, mas deu boa subida de nível e continua evoluindo”. Se o Brasil volta a ser campeão ou se completa no Catar a quinta Copa sem Copa, ele é bem objetivo: “Pode até ser campeão, mas vai ter que melhorar muito”.

CARLOS ROBERTO gravou o Resenha, com Iata Anderson, comigo e com as imagens do repórter fotográfico Marcelo Santos, no apartamento de Ipanema, onde desfruta de vida confortável com a esposa Regina, irmã de Cristina, casada com Jairzinho, outro parceiro notável do bi de 67-68. Convido os nossos prezados seguidores a que assistam à entrevista com Carlos Roberto no canal Resenha.

Canal Resenha