Campeão das duas últimas edições da Copa América, o Chile só depende do empate com o Uruguai, segunda (24), no Maracanã, para ser primeiro do Grupo C, depois de ganhar (2 x 1) do Equador, no jogo com mais cartões da Copa América 2019 – nove amarelos e um vermelho -, na noite desta sexta (21), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O primeiro tempo (1 x 1) foi o que teve mais faltas (26) nas três últimas edições da Copa América. Dos três cartões vermelhos, dois para jogadores do Equador.
MARCA SUPERADA – Com a invencibilidade de sete jogos – 6 vitórias, 1 empate -, o Chile também superou sua própria marca de 5 vitórias e 1 empate, na Copa América de 1945. Em 15 jogos com o Equador, décima terceira vitória do Chile, que só não venceu em 1957 (2 x 2) e em 1997, quando sofreu a única derrota (2 x 1). Já o Equador, acumula 13 jogos sem vitória na Copa América, com 10 derrotas e 3 empates. A última vez que venceu foi em 2001, 4 x 0 na Venezuela.
GOL DA VITÓRIA – Ao decidir o jogo aos seis minutos do segundo tempo, o atacante chileno Alexis Sanchez tornou-se o décimo sul-americano com mais jogos (126) na Copa América, superando o uruguaio Maximiliano Pereyra e o lateral brasileiro Roberto Carlos, que disputaram 125. Alexis Sanchez, de 30 anos, 1,70m, joga na seleção desde 2006, e o gol da vitória (2 x 1) sobre o Equador, que marcou de bate-pronto, após o cruzamento de Aranguiz, foi o quadragésimo terceiro que assinalou pelo Chile. Ele joga no Manchester United desde 2018.
EM SEIS MINUTOS – A vitória do Chile começou logo aos seis minutos com o gol do atacante Fuenzalida, em chute colocado no canto esquerdo, após escanteio. José Pedro Fuenzalida, de 34 anos, 1,70m, nasceu na capital Santiago, foi campeão argentino no Boca, em 2014, e joga na Universidad Católica desde 2016. O empate do Equador, aos 25, foi com o gol de Enner Valencia, cobrando pênalti do goleiro Arias. Valencia, de 29 anos, 1,74m, foi campeão e artilheiro da Copa Sul-Americana de 2013 com o Emelec, e pela seleção completou 51 jogos e 29 gols.
CHILE – Arias, Isla, Medel, Maripan e Beausejour; Pulgar, Aranguiz e Vidal (Jara, 46 do segundo tempo); Fuenzalida (Paulo Diaz, 25 do segundo tempo), Vargas (Pablo Hernandez, 40 do segundo tempo) e Alexis Sanchez. Técnico – Reinaldo Rueda. Foi o primeiro 2 x 1 em 12 jogos da Copa América 2019, sétimo jogo com gol no primeiro tempo e o terceiro jogo em que o primeiro tempo terminou 1 x 1.
EQUADOR – Dominguez, Velasco, Achiler, Arboleda e Ramirez; Gruezo, Jhegson Mendez (Antonio Valencia, 14 do segundo tempo) e Orejuela; Romario Ibarra (Carlos Garcez, 24 do segundo tempo), Mena (Preciado, 36 do segundo tempo) e Enner Valencia. Técnico – Hernan Gomez. Mesmo com a segunda derrota e ainda sem pontuar, o Equador ainda pode se classificar para as oitavas de final, se vencer o Japão e houver empate entre Qatar e Argentina.
OS NOVE AMARELOS – Três no primeiro tempo: Jhegson Mendez e Mena (Equador), e o goleiro Arias, do Chile, pela falta fora da área. No segundo tempo: Arboleda, Gruezo e Velasco (Equador), e os chilenos Bausejour, Isla e Vidal. A EXPULSÃO do zagueiro Achiler, do Equador, com cartão vermelho direto, aos 44 do segundo tempo, foi por falta grosseira, atingindo com o braço esquerdo a cara do meia Arturo Vidal. O jogo ficou parado dois minutos para atendimento e Vidal substituído em seguida.
JOGO MAIS CALMO – Chile 2 x 1 Equador foi o mais calmo dos três -na Arena Fonte Nova, que recebeu Colômbia 2 x 0 Argentina e Brasil 0 x 0 Venezuela – e teve convivência pacífica dos torcedores, todos voltando a reclamar do preço dos ingressos. R$2.551.770,00. 11.946 pagantes. Boa arbitragem de Patrício Loustau, de 44 anos, desde 2006 na Associação de Futebol da Argentina e de 2011 na Fifa. Nasceu em Buenos Aires, onde se dedica à publicidade e ao marketing.
Foto: Reuters/Rodolfo Buhrer