A Confederação Sul-Americana de Futebol conseguiu o que queria: a Copa América voltará a ser no Brasil, como em 2019, quando a seleção brasileira venceu (3 x 1) o Peru, na final de 7 de julho no Maracanã, que será palco de novo da decisão de 2021. Para que o sucesso do evento seja completo, o presidente da Confederação, com seu alto poder de persuasão, não pode deixar de entregar a taça Coronavírus ao campeão e o troféu Cloroquina ao artilheiro.
INCRÍVEL – Não dá para acreditar que o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos, do alto da sua experiência de 65 anos, que completará no próximo dia 12, tenha dito que “foi a vitória do bom-senso e que o Brasil não poderia virar as costas a um campeonato tão tradicional”. Impossível crer, senhor ministro, com o Brasil fechando maio como terceiro mês mais letal, com 59.010 mortes, desde março de 2020, início da pandemia.
MAIS DE 465 MIL – Junho começou com o aumento do registro de mortes para 465.199, e o de infectados passando de 16.500 mil, sem que o país sequer tenha chegado a vacinar vinte por cento da população, estatistica que revela o descaso pela saúde e pela vida. É inaceitável que faltando médicos, enfermeiros, vacina, e com os pacientes na fila de espera cada vez maior, por vagas nas enfermarias e UTIs, o Brasil abra as portas para a Copa América. Lamentável.
Foto: Jornal de Brasília