Três anos depois de ganhar a Bola de Ouro como melhor jogador do mundo, e o prêmio de melhor jogador da Copa de 2018, em que foi vice-campeão, o meia Luka Modric viveu nova emoção durante o jantar, e chorou muito, ao assistir ao depoimento, em video, de antigos jogadores da Croácia, sobre o recorde de 135 jogos com a camisa da seleção, na vitória (1 x 0) sobre a seleção de Chipre, ontem (27), na Arena HNK, na cidade portuária de Rijeka, terceira maior da Croácia, a 160 km da capital Zagreb.

CINCO ANOS – O recorde era do ex-lateral Darijo Srna, com 134 jogos, durante os catorze anos em que defendeu a seleção, entre 2002 e 2016, com muitos gols de falta, sua especialidade. Hoje aos 38 anos, Darijo Srna é assistente técnico do Shahktar, em que foi seis vezes campeão da Ucrânia, depois de ter encerrado a carreira no italiano Cagliari. Seu sobrenome Srna significa veado em ucraniano, e ele tem na perna esquerda, desde os vinte anos, uma tatuagem do personagem Bambi.

INFÂNCIA DURA – Luka Modric não esconde o sofrimento da infância dura, em virtude da Guerra da Croácia, que obrigou a família a mudar de cidade, mas os problemas continuaram. Quando tinha seis anos, o pai foi convocado para servir ao Exército e o avô morreu em frente de casa com um tiro. Em um cenário de terror, com o barulho de granadas e morteiros, Modric jogava bola no meio dos destroços. Aos 12 anos, o Hadjuk o considerou franzino, mas aos 16 foi aceito no Dinamo.

35 MILHÕES – Luka Modric chegou ao Tottenham em 2008, após ser tricampeão no Dinamo de Zagreb e dois anos depois de estrear na seleção croata, em 1 de março de 2006, em amistoso com a Argentina. O Dinamo relutou em negociá-lo, até que em 2012 aceitou os 35 milhões de euros do Real Madrid, e ele não acreditou: “Parecia um sonho vestir a camisa do Real Madrid”. Em sua nona temporada no clube, recorda: “Quatro Champions, quatro Mundiais de clubes, que belo sonho!”.

CINCO GRANDES – A segunda rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 será concluída com 15 jogos neste último domingo (28) de março, com destaque para os cinco grandes, todos como visitantes: a campeã França com o estreante Cazaquistão; a Espanha, favorita diante da Geórgia; a Itália, em jogo duro com a Bulgária, que também ganhou na estreia; a Inglaterra, após 5 x 0 em San Marino, outro mel na chupeta com a Albânia, e a Alemanha, em jogo complicado com a Romênia.

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