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O jornal espanhol AS revela na noite desta terça (23), em edição digital, que a Juventus poderia aceitar proposta de 25 milhões de euros – R$165 milhões – pelo artilheiro Cristiano Ronaldo, ao final da atual temporada, em junho, depois de ter pagado 100 milhões de euros – na época, R$450 milhões – pela saída do Real Madrid. A diferença dos valores, da compra e da liberação, levam à conclusão de que o atacante, que fez 36 anos em fevereiro, voltaria à Espanha “por um autêntico preço de banana”.

DECEPÇÃO – Embora os dirigentes da Juventus não revelem de forma tão clara, evitando depreciar o jogador, estão decepcionados com o investimento que fizeram pela compra de Cristiano Ronaldo. O objetivo era que o clube, após conquistar o Campeonato Italiano por oito anos consecutivos, voltasse a ganhar a Liga dos Campeões da Europa, mas a Juventus foi eliminada nas quartas de final em 2019 pelo Ajax, e nas oitavas, em 2020 pelo Lyon, e em 2021 pelo FC Porto.

570 MILHÕES – Além dos 100 milhões de euros pagos ao Real Madrid, a Juventus tem Cristiano Ronaldo como o mais caro do elenco, ao custo, por temporada, de 87 milhões de euros – R$570 milhões -, patamar muito acima da média dos demais jogadores. Desde a estreia, em agosto de 2018, o atacante ganhou os dois últimos campeonatos – 2018-19/2019-20 – e marcou 95 gols em 122 jogos, bem abaixo do que fez no Real Madrid, com mais gols (450) do que jogos (438).

SAÍDA CERTA – O contrato de Cristiano Ronaldo termina em junho e a saída dele da Juventus é certa. Fontes próximas do jogador, dizem que a vontade dele é de voltar à Espanha para concluir a carreira no Real Madrid, onde se tornou o maior goleador da história do clube. Entre 2009 e 2018, ganhou dois títulos de campeão espanhol, três Mundiais de clubes e quatro vezes a Liga dos Campeões da Europa, o dobro da Juventus, que só foi campeã em 84-85 e em 95-96.

SEM FORÇAR – Antes da atuação decepcionante do último domingo (21), em que a Juventus perdeu (1 x 0), em Turim, para o modesto Benevento, Cristiano Ronaldo foi homenageado pelo bilionário Andrea Agnelli, dono da Fiat e presidente do clube, que desceu ao gramado para lhe entregar a camisa 770, recorde de jogos oficiais pela equipe. Dois dias depois, a Juventus diz que não forçará sua permanência e facilitará a saída, tanto que fixou em 25 milhões de euros o valor para liberá-lo de imediato. O clube resume: “O destino dele só depende dele próprio”.

Foto: MARCA