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Protagonistas de jogos marcantes, como o da noite de 1 de agosto de 1974, com 115 mil torcedores no Maracanã, onde o Vasco iniciou os festejos de seus 76 anos, comemorando o primeiro título de campeão brasileiro com a vitória por 2 x 1, Cruzeiro e Vasco fazem na noite de hoje (24), no Mineirão, o centésimo jogo da história de seus grandes confrontos. De forma melancólica, o primeiro da Série B, com o Vasco em décimo e o Cruzeiro em décimo sétimo lugar.

BOA VANTAGEM – Em 99 jogos da história iniciada no amistoso de 1927, no estádio do Barro Preto, em Belo Horizonte, onde empataram em um gol, o Cruzeiro tem boa vantagem nos jogos no Mineirão: 18 vitórias, 14 empates, 5 vitórias do Vasco. Nos 27 jogos que disputaram pela Série A, o Cruzeiro ganhou 12, o Vasco venceu 5 e houve 11 empates, e no retrospecto geral, há mais equilíbrio: 36 vitórias do Cruzeiro, 32 vitórias do Vasco e 31 empates nos 99 jogos.

LIBERTADORES – Não faz tanto tempo que Vasco e Cruzeiro se enfrentaram pela Libertadores: foi em 2018, quando o Cruzeiro eliminou o Vasco na fase de grupos, com a sonora goleada de 4 x 0 em São Januário, após o 0 x 0 no Mineirão. Em 1975, um ano depois de terem decidido o Campeonato Brasileiro no Maracanã, o Cruzeiro eliminou o Vasco na Libertadores: 3 x 2 no Mineirão, 1 x 1 em São Januário.

COPA DO BRASIL – Quando ganhou as três primeiras Copas do Brasil, o Cruzeiro eliminou o Vasco na semifinal de 1993; nas oitavas de final de 1996, e nas quartas de final de 2003. Bom lembrar 1974, quando levei o presidente Agathyrno Silva Gomes ao delírio, ao anunciar no rádio: o Vasco é o Rio na decisão, quando o Vasco venceu (2 x 1) o Santos na semifinal, e depois dos 2 x 1 no Cruzeiro, quando anunciei: o Vasco é o Rio com a faixa de campeão!

BOM LEMBRAR – O Vasco, campeão brasileiro pela primeira vez em 1974, tinha o comando seguro do técnico paulista Mario Travaglini, então aos 42 anos e já campeão paulista em 66 e brasileiro em 67 no Palmeiras. Nos 28 jogos da memorável campanha, o Vasco venceu 12 jogos e só perdeu 4, empatando outros 12, e teve o artilheiro Roberto Dinamite com 16 gols. Travaglini depois foi campeão em 76 no Fluminense e supervisor da seleção na Copa de 78.

ANDRADA, Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir (cap), Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luis Carlos. O meia Ademir, bom canhoto, fez 1 x 0 aos 14 minutos; na volta do intervalo, o lateral Nelinho empatou aos 19, e Jorginho Carvoeiro, aos 21 anos, ponta que impressionava pela velocidade e pelos dribles, marcou o gol do título aos 33 minutos. Ele foi indicado ao Vasco pelo técnico Zizinho, melhor jogador da Copa de 50, que treinava o Bangu.

GRANDE SALTO – O Vasco está bem no meio da tabela, décimo com 7 pontos, mas pode dar um grande salto e subir seis posições, se fizer os 10 pontos, ultrapassando Botafogo (8), que teve o jogo com o CSA adiado; Sampaio Corrêa e Guarani (9); CRB (10, com menos um gol de saldo); Brusque (10, saldo de 1 gol), e até tirar o Coritiba (10, saldo de 2 gols) do quarto lugar, se vencer o Cruzeiro por três gols. Só dependência da própria competência.

DÉCIMO SÉTIMO com 4 pontos em 5 jogos – 1 vitória, 1 empate, 3 derrotas, saldo negativo de 3 gols (7 a 10) -, o Cruzeiro, se vencer, sobe cinco posições e termina a rodada em décimo segundo, com 7 pontos, ultrapassando Vila Nova, Brasil de Pelotas e CSA (5), Remo e Vitória (6). O centésimo Cruzeiro x Vasco da noite desta quinta (24), no Mineirão, será apitado por Vinícius Araújo, de 42 anos, paulista de Guaratinguetá, onde é professor de educação física. 

SEM 100% – O Náutico manteve a liderança isolada da Série B, com 16 pontos, mas perdeu os 100% de aproveitamento, ao ficar no 0 x 0 com o Londrina, na noite de ontem (23), no estádio do Café, na segunda maior cidade do Paraná. O campeão pernambucano não conseguiu igualar as seis vitórias consecutivas do Corinthians, campeão da Série B em 2008, mas ainda pode alcançar outro recorde do Corinthians, o de 12 jogos sem derrota, naquele mesmo ano. 

Foto: Sportbuzz