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Espanha 1 x 1 Suíça, Itália 2 x 1 Bélgica. Depois da Eurocopa, ter que ver Brasil x Chile é de chorar. Ninguém merece, muito menos Nilton Santos, que foi a essência do futebol, a Enciclopédia, como bem resumiu Luiz Mendes, comentarista da palavra fácil, ter no estádio com seu nome o oposto do que foi no futebol, com técnica refinada, elegância e categoria. O técnico da seleção voltou a reclamar do gramado, sem razão; está bem de acordo com o futebol da seleção.

REPERCUSSÃO – O Brasil ganhou de 1 x 0 do Chile, que também se arrasta, e vai disputar a semifinal com o Peru, que eliminou o Paraguai nos pênaltis, depois de 3 x 3. A repercussão dos jogos e dos resultados dessa insossa Copa América é nenhuma, a não ser depreciativa para a imagem do futebol brasileiro, como resume em sua edição deste primeiro sábado (3) de julho o diário espanhol Marca: “O Brasil é uma seleção que está tossindo pouco na América do Sul”.

CRIMINOSA – O mais importante jornal esportivo espanhol publica também outra análise da vitória brasileira, com o gol de Paquetá, que substituiu Firmino no intervalo, e logo na primeira jogada, fez o gol único da noite: “O Brasil sabe como sofrer. Gabriel Jesus deve muitas desculpas aos seus companheiros pela falta criminosa que cometeu e que poderia ter estourado a cabeça de Mena”. 

BOM LEMBRAR – O árbitro argentino Patrício Loustau não foi o primeiro a expulsar Gabriel Jesus em jogo da seleção. Na final da Copa América de 2019, no Maracanã, nos 3 x 1 no Peru, ele viu o cartão vermelho que lhe mostrou o árbitro chileno Roberto Tobar. De todas as cenas da noite de ontem (2), foi a mais lamentável, mas outras faltas duras, grosseiras; gritos e discussões também fizeram parte do Brasil x Chile difícil de se ver.

TOMARA QUE NÃO –  Falta um ano e meio para a Copa de 2022 e não há como nivelar a seleção brasileira, que estamos vendo nessa inexplicável Copa América, às seleções que estamos assistindo na Eurocopa, tanto quanto não se pode  estabelecer paralelo entre a Libertadores e a Liga dos Campeões. As cinco Copas estão ficando no passado distante de 2002. Se nada mudar, em dezembro de 2022 o futebol brasileiro pode comemorar título inédito. O de cinco Copas sem Copa.

Foto: Mais que um jogo