Dez anos depois da primeira eliminação, em 2009-10, para o holandês Ajax, quando era do Real Madrid, Cristiano Ronaldo ficou ainda mais abalado com a eliminação da Juventus, mesmo com seus dois gols, na virada (2 x 1) da noite desta sexta (7), sobre o no Allianz Stadium, em Turim, onde o time francês se classificou pelo gol fora de casa, após vencer (1 x 0) o jogo de ida na França. O jornal TuttoSport destacou em sua primeira página:”Um super Cristiano Ronaldo não basta“.
MUDANÇA – Sempre ávida pela notícia, a imprensa italiana começou a questionar a permanência do técnico Maurizio Sarri, de 61 anos, que se manteve calmo, quando perguntado sobre o que espera: “Não espero nada. Tenho contrato e vou respeitá-lo. Não penso que técnicos e dirigentes tomam decisão baseados em um jogo”. Sarri lembrou que “a Juventus fez oito jogos na Liga dos Campeões, ganhou seis, empatou um e sofreu só uma derrota, fora de casa, muito normal. A vida continua”.
CAUTELA – O Lyon jogava pelo empate e aumentou a cautela depois que o atacante Depay, logo aos 12 minutos, converteu o pênalti do volante uruguaio Betancur no meia francês Houssem Aouar. Apesar de o carrinho ter sido claro, os jogadores da Juventus protestaram, mas o árbitro, após consulta ao VAR, confirmou. Depay bateu de cavadinha. Em outro pênalti, aos 43, toque com o braço de Depay, após falta do meia Pjanic, Cristiano Ronaldo empatou rasteiro no canto esquerdo.
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FECHADO – A Juventus conseguiu a virada aos 15 minutos do segundo tempo, com chute forte de canhota de Cristiano Ronaldo, o que fez o Lyon jogar ainda mais fechado para garantir a vantagem de poder perder por um gol. O técnico francês Rudi Garcia usou quatro das cinco substituições para ocupar espaços e reforçar a marcação, até o apito final quando comemorou a classificação: “Alcançamos o objetivo e é um orgulho que o Lyon possa ter se classificado frente ao multicampeão da Itália” – resumiu Rudi.
O CARIOCA Bruno Guimarães, meia de 22 anos, comprado do Athletico Paranaense em janeiro, fez apenas o quinto jogo, primeiro fora da França: “Não era missão fácil, mesmo com a vantagem do empate, eliminar a Juventus em Turim, mas o que salvou o Lyon foi o gol que marcamos em casa”. Bruno disse ter voltado o pensamento ao Brasil, ao respeitar o minuto de silêncio, lamentando que as mortes (99.572 até esta sexta, 7) representem percentual tão alto (400.013, no total de mortes no mundo).
A PRIMEIRA – Depois de nove vitórias e três empates, foi a primeira vez em sua história que a Juventus perdeu em casa para um time francês. A escalação do meia argentino Paulo Dybala foi criticada pelos analistas porque ele não ficou mais do que 13 minutos em campo, ao substituir Bernardeschi aos 25 do segundo tempo e ter que sair, mancando, aos 38, quando entrou Olivieri. O atacante gaúcho Douglas Costa foi vetado, em virtude de desconforto muscular.
CARTÕES – O árbitro alemão Felix Zwayer, berlinense de 39 anos, foi criticado, mas teve atuação segura. Foi correto ao marcar os dois pênaltis e manteve a disciplina ao aplicar seis cartões amarelos. Os advertidos da Juventus foram o colombiano Juan Cuadrado, substituído pelo lateral mineiro Danilo, e o volante uruguaio Betancur, pelo carrinho no pênalti. Entre os quatros do Lyon, o goleiro Anthony Lopes, por retardar o jogo, e o zagueiro paulista Fernando Marçal, por falta dura no argentino Higuain.
O Lyon jogará no próximo sábado (15) com o Manchester City, que eliminou o Real Madrid. O vencedor fará uma das semifinais, dia 18, com o vencedor de Barcelona e Napoli, que disputarão o jogo de volta neste sábado (8), no Camp Nou. A partir das quartas de final, todos os jogos serão nos estádios do Benfica e do Sporting, em Lisboa. Atalanta x PSG, quarta (12); Leipzig x Atlético de Madrid, quinta (13); Bayern ou Chelsea x Barcelona ou Napoli, sexta (14), e Lyon x City, sábado (15). As semifinais nos dias 18 e 19, e a final, dia 23, no estádio da Luz, do Benfica.
Imagem: MASSIMO PINCA e Valerio Pennicino