Logo na abertura do returno, ao completar nove jogos sem vencer, com sete derrotas e dois empates, começam a passar na cabeça dos torcedores do Vasco os filmes de fantasmas de 2008, 2013 e 2015, quando o time se tornou um dos recordistas de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. A derrota para o Palmeiras (1 x 0,  gol de Luiz Adriano, de pênalti) voltou a mostrar, com muita clareza, que a equipe do Vasco é fraca e incapaz de reagir, por mais competente que seja quem a dirija.

MEDROSO – O Vasco iniciou com três zagueiros, pouco passou do seu próprio campo no primeiro tempo, só atacando com um pouco mais de intensidade após sofrer o gol, aos 28 do segundo tempo, em pênalti imprudente do lateral Neto Borges em Lucas Lima, que Luiz Adriano só conseguiu converter no rebote do goleiro Fernando Miguel, exceção em um time frágil e com raros valores. Com certeza, de todas a que assisti, a pior exibição do Vasco em São Januário nos últimos tempos.

ANTEPENÚLTIMO – A décima oitava colocação, com 19 pontos em 18 jogos – 5 vitórias, 4 empates, 9 derrotas (quarta em casa) – reflete bem a fragilidade do time do Vasco, com saldo devedor de 5 gols (20 a 25). O declínio acentuado de German Cano, que iniciou como um dos artilheiros da temporada, sequer é compensado por Talles e Ribamar, que não conseguem decolar. Beirou o ridículo a finalização de Talles, dentro da área, em que a bola saiu na lateral, junto à bandeirinha de escanteio.

VITÓRIA HISTÓRICA – Pela primeira vez, desde que começaram a se enfrentar em 26 de setembro de 1924, Vasco e Palmeiras foram dirigidos por técnicos portugueses, algo inédito entre dois times no Campeonato Brasileiro. Por isso, a vitória de Abel Ferreira, de 41 anos, técnico do Palmeiras, entra para a história, ao vencer Ricardo Sá Pinto, de 48 anos, técnico do Vasco. O Palmeiras ampliou a vantagem sobre o Vasco no Campeonato Brasileiro com 24 vitórias, 12 do Vasco e 17 empates.

BOA ARBITRAGEM – Anderson Luis Daronco, de 39 anos, da Federação Gaúcha e da FIFA, teve boa arbitragem. Foi firme na marcação do pênalti de Neto Borges em Lucas Lima, pouco depois confirmado pelo VAR, e aplicou com acerto os quatro cartões amarelos, em Gustavo Gomez, logo aos 4 minutos, por falta em Leo Matos, único advertido do Vasco, aos 38, por falta dura no lateral Viña. No segundo tempo, Viña e Lucas Lima, por faltas comuns, foram os outros advertidos do Palmeiras.

VASCO – Fernando Miguel, Leo Matos, Miranda, Castan, Ricardo (Vinicius) e Neto Borges; Leo Gil (Marcos Junior), Andrey (Ribamar) e Benitez (Carlinhos); Talles e Cano (Gustavo). Técnico – Ricardo Sá Pinto. Com a nona derrota em 18 jogos – 5 vitórias, 4 empates, saldo negativo de 6 gols (20 a 26) -, o Vasco é décimo oitavo com 19 pontos, igual ao Athletico Paranaense, penúltimo, e só 7 pontos a mais que o Goiás, lanterna com 12 pontos em 18 jogos.

PALMEIRAS – Weverton, Gabriel Menino (Marcos Rocha), Luan, Gustavo Gomez e Viña; Felipe Melo, Zé Rafael e Raphael Veiga (Lucas Lima); Rony (Willian), Luiz Adriano (Danilo) e Gabriel Veron (Gustavo Scarpa). Técnico – Abel Ferreira. Com a oitava vitória em 19 jogos – 7 empates, 4 derrotas, saldo de 6 gols (26 a 20) -, o Palmeiras é sexto, igual em pontos (31) ao Santos, que empatou (1 x 1) com o Bragantino, mas com vantagem no saldo de gols (6 a 4). 

VASCO e PALMEIRAS aguardam a marcação da data para voltarem a se enfrentar, desta vez no Allianz Parque, em São Paulo, onde deveriam ter feito no domingo, 9 de agosto, o jogo da primeira rodada. 

Foto: Yahoo Esportes