UM DIA ANTES DE DECIDIR A VAGA com o Tolima, em que entra como favorito no Maracanã, por ter mais time e pela vantagem do empate, depois de ganhar o jogo de ida por 1 x 0 na Colômbia, o Flamengo conhece na noite desta 3ª feira (5), o adversário que vai enfrentar nas quartas de final da Libertadores de 2022. O Corinthians tem missão muito difícil e precisa de vitória inédita para passar de fase.
BOM LEMBRAR: Boca e Corinthians decidem hoje (5), no estádio da Bombonera, em Buenos Aires, um dia depois de terem se enfrentado há 10 anos, na final da noite da 4ª feira, 4 de julho de 2012, no estádio do Pacaembu, onde o Corinthians venceu por 2 x 0, gols de Emerson Sheik, e ganhou invicto a única Libertadores de sua história de 111 anos (1 de setembro de 1910).
BOCA E CORINTHIANS têm capítulo inédito na história de seus confrontos na Libertadores: um não venceu o outro como visitante. O jogo da noite desta 3ª feira (5), será o quinto na Argentina, onde houve 2 empates e o Boca venceu 2, assim como em São Paulo, onde o Corinthians ganhou 3 e houve 2 empates, o mais recente, o 0 x 0 da semana passada no jogo de ida na Arena Corinthians.
POR ISSO, NO 4º JOGO EM 70 DIAS, em 2022, o vencedor será conhecido em decisão por pênaltis, desde que haja outro empate, por qualquer placar, na noite de hoje (5), no estádio Alberto José Armando, em homenagem ao mais longevo presidente do clube, nos anos 40 e 50, mas só conhecido como La Bombonera. O apelido é baseado em sua forma retangular, igual à de uma caixa de bombons.
LA BOMBONERA, hoje com 50 mil lugares, foi inaugurado no sábado, 25 de maio de 1940, com o público recorde de 57.395 pagantes, em Boca Juniors 2 x 1 San Lorenzo. Localizado em La Boca, típico bairro de imigrantes, principalmente italianos, sempre alegres e divertidos, o estádio hoje tem a capacidade máxima para 50 mil torcedores. Algo raro é que não esteja lotado em todos os jogos do Boca.
O BRASILEIRO ARTILHEIRO DO BOCA

PAULO VALENTIM é o maior artilheiro da história do clássico Boca x River e o maior artilheiro do Boca, com 135 gols em 206 jogos, bicampeão argentino em 61-62 e 64, artilheiro em 62 e 64. A torcida criou um grito especial para ele em La Bombonera: “Tim, tim, tim! Es gol de Valentim!” Nascido em Barra do Piraí, município do Sul do estado do Rio de Janeiro, Paulo Valentim foi levado ao Botafogo pelo técnico João Saldanha.
PAULO VALENTIM é imortal na história do Maracanã. Na tarde do domingo, 22 de dezembro de 1957, quando o Botafogo ganhou o primeiro título carioca no estádio, ele estabeleceu um recorde jamais igualado no campeonato, ao marcar cinco gols, um de bicicleta, no 6 x 2 no Fluminense. Não houve outra final com mais gols no Campeonato Carioca, pelo menos até 2022.
PAULO VALENTIM foi comprado pelo Boca em 1960, um ano depois que os observadores do clube o viram no Sul-Americano (hoje Copa América), no ataque com Garrincha, Didi, Paulo Valentim, Pelé e Zagallo. Então aos 28 anos, ele se sobressaía pela velocidade, posicionamento e finalizações fortes e precisas. Na mesma época, outro brasileiro brilhou com ele no Boca, o zagueiro Orlando, campeão carioca em 56 e 58 no Vasco, e campeão do mundo, titular em todos os jogos da Copa de 58.
Fotos: R7 / Tarde de Pacaembu / Ecured