A maioria dos 372 jornalistas escolhidos pelo jornal uruguaio El País votou em jogadores do Flamengo, campeão da Libertadores de 2019, para formar a seleção dos melhores do ano da América: Armani, Rafinha, Rodrigo Caio, Pinola e Filipe Luis; Enzo Perez, Ignacio Fernandez e Arrascaeta; Everton,Bruno Henrique e Gabriel. Com exceção do gremista Everton, todos da seleção são do campeão e do vice-campeão.

O TÉCNICO – Mesmo sem ter ganho o bi da Libertadores, o argentino Marcelo Gallardo, do River Plate, foi eleito pelo segundo ano consecutivo o melhor técnico da América, com 216 votos (58%) dos 372 jornalistas convidados do jornal uruguaio El País, superando o português Jorge Jesus, do Flamengo, campeão pela primeira vez, que obteve 133 votos (36%).

DOIS TÍTULOS – Marcelo Gallardo ganhou o prêmio por boa margem de votos, por ter conquistado dois títulos: a Recopa Sul-Americana pela terceira vez, na decisão com o Athletico Paranaense, e a Copa da Argentina pela segunda vez. O terceiro lugar, com sete votos, ficou com o espanhol Miguel Angel Ramirez, campeão da Copa Sul-Americana com o Independiente del Valle, do Equador. 

87% DOS VOTOS – Bom lembrar: em 2018, ao ganhar o prêmio de melhor técnico da América pela primeira vez, Marcelo “Muñeco” Gallardo, de 43 anos, obteve 87% dos votos, após os 3 x 1 do River Plate sobre o Boca Juniors, na primeira Libertadores decidida fora do continente, no estádio Santiago Bernabeu, do Real Madrid.

TITE EM QUARTO – O técnico Tite, que ganhou invicto a Copa América, em julho, no Brasil, ficou em quarto lugar na votação dos 372 jornalistas convidados do El País. O treinador da seleção brasileira só obteve seis escassos votos. Bom dizer: o único técnico premiado três vezes foi o argentino José Pekermann, de 70 anos, atualmente sem clube.

REI DA AMÉRICA – O prêmio foi criado em 1971 pelo jornal El País, do Uruguai, e o primeiro brasileiro a ganhar foi o meia Tostão, do Cruzeiro, e da seleção campeã do mundo em 1970. Em 2017, ainda no Grêmio, o meia Luan, que estreará no Corinthians em 2020, havia sido o último brasileiro a receber o prêmio.

GABRIEL – Artilheiro do Campeonato Brasileiro com 25 gols e da Libertadores com 9, Gabriel ganhou o prêmio de 2019, com 168 votos (45%), obtendo mais 85 votos que Bruno Henrique, com 83 (22%). Arrascaeta teve 40 votos (11%) e ficou em terceiro. O atacante Everton, do Grêmio, foi o único votado, além de jogadores do Flamengo e do River.

OLHO NA EUROPA – Os agentes que cuidam da carreira de Gabriel continuam empenhados em conseguir um clube europeu para o atacante, que só pensa em voltar à Europa, a fim de apagar a impressão ruim que deixou na Inter e no Benfica. O clube italiano mostra-se disposto a facilitar a transferência, mas garante nada ter acertado ainda com o Flamengo.

DA PARTE DO FLAMENGO, o objetivo é reduzir o que paga a Gabriel, em torno de R$1.300 mil/mês, enquanto o jogador pensa em números mais elevados. Ele se baseia em que o Flamengo nada pagou à Inter por seu empréstimo e que deu muito retorno ao Flamengo, como artilheiro e campeão do Brasileirão e da Libertadores. As partes parecem distantes de acerto.

HÁ ALGO BEM CLARO – Os dois principais nomes da vitoriosa campanha de 2019 do Flamengo, não estão despertando interesse algum em clube da Europa. Tanto o técnico Jorge Jesus quanto o artilheiro Gabriel, que deixa claro não querer continuar no Brasil, não figuram nos planos de nenhum clube europeu, nem mesmo entre os de porte médio.