O FLAMENGO QUEBROU TABU de nunca ter vencido o Olímpia na Copa Libertadores, e com a goleada por 4 x 1, na noite desta quarta (11), diante de dois mil torcedores no estádio Manuel Ferreira, em Assunção, espera por Fluminense ou Barcelona para decidir a vaga na final de 27 de novembro, no estádio Centenário, em Montevidéu, onde o Uruguai ganhou a primeira Copa do Mundo, ao vencer a Argentina por 4 x 2, no domingo, 30 de julho de 1930.
NO RETROSPECTO de 15 jogos, o Flamengo ampliou a vantagem nos jogos com o Olímpia, depois dos 4 x 1, agora com 6 vitórias, 4 derrotas e 5 empates, mas na Libertadores, em 7 jogos, o Olímpia havia vencido 2, empatado 4 (três no Maracanã), e finalmente o Flamengo quebrou o tabu, fora de casa, com o placar (4 x 1) mais expressivo dos confrontos com o maior campeão paraguaio (44 títulos, único com seis consecutivos; três Libertadores e um Mundial de clubes).
QUINTA GOLEADA – No nono jogo, desde que o técnico Renato Gaúcho assumiu, foi a quinta goleada do Flamengo, segunda por 4 x 1, três dias depois de ter sofrido a primeira derrota, também de goleada (4 x 0), para o Internacional, no Maracanã. Antes, o havia goleado o Bahia (5 x 0); Defensa y Justicia (4 x 1); São Paulo (5 x 1) e ABC (6 x 0). Nos últimos nove jogos, o saldo do Flamengo é de 21 gols, com 29 marcados e 8 sofridos.

SEXTO ARTILHEIRO – Com os dois gols nos 4 x 1, Gabriel ampliou a vantagem como artilheiro da Libertadores 2021 com 8, além de ter ultrapassado Ricardo Oliveira e Guilherme, com 19, tornando-se o sexto goleador brasileiro do torneio, com 20 gols em 32 jogos. À frente de Gabriel estão Luisão, com 29 gols em 42 jogos; Palhinha, com 25, em 30 jogos; Fred, com 23, em 40 jogos; Célio, com 22 em 43 jogos, e Jairzinho, com 21 gols em 36 jogos.
PRESSÃO E VITÓRIA – O Flamengo suportou a pressão desde que o Olímpia deu a saída, após Diego escolher o campo, e no primeiro contra-ataque abriu o placar aos 15 minutos, com Arrascaeta livre na pequena área, recebendo o passe de Bruno Henrique. No reinício do jogo, paralisado durante 12 minutos, depois do choque de Arrascaeta e Salazar, que foi para o hospital, o Flamengo fez 2 x 0 com Gabriel, de pênalti, aos 56, e Ivan Torres, de cabeça, aos 58 minutos.
FILME REPETIDO – Na volta do intervalo, perdendo por 2 x 1, o Olímpia pressionou, mas o Flamengo se defendeu bem e ampliou a vantagem aos sete minutos, com o segundo gol de Gabriel, livre, após nova e preciosa assistência de Bruno Henrique. O Olímpia não esmoreceu e continuou tentando o gol, mas foi bem contido por defesas de Diego Alves, e aos 45, livre, com assistência de Gabriel, Vitinho fez 4 x 1, placar que deu ao time ampla vantagem no jogo de volta.
32 FALTAS, 8 CARTÕES – O jogo foi tenso do início ao fim, com o Olímpia abusando das faltas duras. Fernando Rapallini, árbitro argentino de 43 anos, marcou 32 faltas (18 do Olímpia), aplicou quatro cartões amarelos em cada time e chegou a expulsar Filipe Luis, por falta em Sosa, após o segundo amarelo, mas cancelou o cartão vermelho, por ter sido após a marcação do pênalti de Alcaraz, que pisou no pé de Arrascaeta, lance que não viu, mas o VAR, monitorado pelo árbitro argentino Mauro Vigliano, corrigiu.
QUINTA SEMIFINAL – O Flamengo participará pela quinta vez das semifinais em 2021, depois de 1981, quando ganhou o primeiro título, 82, 84 e 2019, quando foi campeão pela segunda vez. A semifinal será inédita, com Barcelona do Equador ou Fluminense. O primeiro jogo será nesta quinta (12), no Maracanã, e o segundo, dia 19, no estádio Isidro Romero Carbo, em Guaiaquil. O Fluminense só foi semifinalista em 2008, quando perdeu a decisão para a LDU.
BOA RECUPERAÇÃO – Em choque absolutamente casual, quase na linha lateral do campo, aos 21 minutos o lateral-direito Victor Salazar, argentino de 28 anos, levou a pior na dividida com o meia uruguaio Arrascaeta. A ambulância entrou em campo minutos depois e o jogo ficou paralisado 12 minutos. No hospital, os médicos informaram que “houve traumatismo craniano com perda de consciência e convulsão”. Meia hora depois, disseram que o jogador já demonstrava boa recuperação.
Foto: Alexandre Vidal / Flamengo | Foto: Jornal O Dia